Desgaste com greve faz Dilma elevar tom
A
presidente Dilma Rousseff mandou ontem um duro recado às bases
sindicais que estão insuflando a greve dos servidores: não é por meio de
quebra-quebra e gritos de protesto que as demandas serão atendidas.
Para ela, a questão é técnica. Falta espaço no Orçamento da União para
acomodar todos os pedidos de reajustes salariais, que chegam a R$ 92,2
bilhões, metade dos gastos anuais com o funcionalismo. Segundo fontes do
Planalto, o governo está empenhado em encontrar recursos no Orçamento
para algum percentual de aumento aos servidores, com prioridade para as
carreiras que ainda registram distorções nos ganhos. Mas nada será
decidido até o fim do mês, antes de ser fechado o projeto orçamentário
de 2013, que será enviado ao Congresso. A presidente está convicta,
porém, que os reajustes para os servidores não estão entre as
prioridades neste momento. A meta principal é dar favorecer
investimentos produtivos, para estimular a retomada da economia e
proteger o emprego privado, que não tem a estabilidade existente no
serviço público. Dilma está se apegando a estudos elaborados pelo
Ministério do Planejamento mostrando que, desde 2003, o governo concedeu
aumento a todo o funcionalismo, sempre acima da inflação. A folha
passou de R$ 75 bilhões para quase R$ 200 bilhões. Na média, as
carreiras de Estados ganham mais do que os trabalhadores da iniciativa
privada com funções semelhantes.
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