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ITABUNA-BA

sábado, 5 de dezembro de 2009

Violência em Itabuna

MAIS DE 150 ASSASSINATOS ESSE ANO EM ITABUNA


Famílias e a sociedade como um todo amargam a dor de ver tantas vidas ceifadas pela violência.

Fotos/Arquivos: Oziel Aragão
Estamos apenas no início do último mês do ano, mas os números já revelam que 2009 superou 2008 no quesito violência. Segundo o coordenador Moisés Damasceno, titular da 6ª Coorpin (Coordenadoria de Polícia do Interior), já foram contabilizados 153 homicídios na cidade. No ano passado, foram 128 assassinatos, número já considerado alto.
Até o fechamento desta matéria, um adolescente de 14 anos figurava como a mais recente vítima da violência urbana. Rafael Santos Nascimento, morador da Rua Fontes Lima, bairro Sinval Palmeira, foi atingido por cinco tiros, deflagrado por dois homens ainda não identificados.



Na avaliação do delegado Damasceno, o índice aumentou devido à grande demanda do tráfico de entorpecentes e a uma guerra de gangues rivais. “Existe uma guerra muito grande entre os dois raios do conjunto penal de Itabuna, raio A e B. Mesmo presos, esses indivíduos têm mandado matar seus rivais do lado de fora do presídio e essa guerra é quem vem provocando todo esse crescimento do crime contra a vida em nossa cidade”, explica.

Conforme as estatísticas da Secretária de Segurança Pública da Bahia, Itabuna hoje é a sétima cidade mais violenta do estado, ficando à frente de municípios como Vitória da Conquista e Barreiras.
Jovens são maioria entre as vítimas
Conforme detalha a delegada Sione Porto, titular da 1ª Circunscrição Policial, na área que corresponde 65 por cento do município - centro e bairros adjacentes, foram 99 crimes contra a vida. Restando, portanto, para a 2ª delegacia, que tem como delegada responsável Katiana Amorim, 54 homicídios.

O perfil das vítimas não mudou ao longo dos anos. São jovens entre 15 e 30 anos, sem profissão, com baixa escolaridade e na sua maioria tinham envolvimento direto com o tráfico de drogas. “Cada vez mais, a pedra de crack está matando os nossos jovens. Agora, esse problema não é só policial, e sim social”, complementa a delegada.



O delegado Moisés Damasceno chama atenção para o esforço da Polícia Civil para combater o tráfico de drogas.
O delegado Regional Moisés Damasceno aproveitou a oportunidade para fazer uma análise do trabalho da Polícia Civil em 2009. Para começar, mencionou a greve que abrangeu todos os agentes do estado no início do ano. “É claro que foi um grande problema, atrasando investigações e na entrega de inquéritos policiais”, pondera.
Além disso, Damasceno se referiu aos seis meses que ele precisou permanecer em Teixeira de Freitas, extremo sul do estado. “Estive fora por seis meses numa força-tarefa por força de ordem superior e outros pontos que acabaram complicando a nossa administração, tudo deve ser levado em conta”, ressalva.
Apesar dos números expressivos em relação aos homicídios, o delegado chama atenção para o esforço da Polícia Civil para combater o tráfico. Em 2009, ele destaca umas das maiores atuações da instituição, quando foi deflagrada a operação “Canecos”. Em setembro, numa só madrugada foram 17 pessoas presas e oito delas autuadas em flagrante. “Nesta operação a Polícia Civil conseguiu chegar e prender homens que são traficantes e nunca haviam sido encontrados”, frisa Damasceno.

Fonte: Xílindro Web

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