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sábado, 5 de dezembro de 2009

Econimia

Bahia ganha mina de níquel em Itagibá

Mina em Itagibá vai permitir aumento de 30% na produção brasileiraA terceira maior mina a céu aberto do mundo entrou em atividade ontem no município de Itagibá, há 377 quilômetros de Salvador. O investimento de R$ 900 milhões vai permitir um aumento de 30% na produção brasileira de níquel, produto usado na composição do aço e em medicamentos. Com capacidade para processar 4,6 milhões de toneladas do minério, o empreendimento vai transformar a Bahia no segundo maior produtor do Brasil, atrás apenas do Estado de Goiás.
Para a Bahia, o início das atividades da Mineração Santa Rita vai representar um incremento de 35% na atividade, que deve render aos cofres públicos R$ 60 milhões em receitas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e outros R$ 5 milhões pela Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem).

O grupo Mirabela Mineração do Brasil tem uma expectativa de gerar aproximadamente R$ 600 milhões em receitas pela venda do produto final. Inicialmente, o prazo de vida útil previsto para a mina é de 20 anos de exploração a céu aberto. Entretanto, os executivos da empresas acreditam que a vida útil do empreendimento pode chegar a até 40 anos com a exploração do minério que está no subsolo, o que só deve acontecer após o esgotamento da mineração a céu aberto.
De acordo com o presidente da Mirabella, Brian Hidy, o ritmo de produção da unidade é muito bom. “Em duas semanas, já estávamos produzindo 250 mil toneladas”, comemora. Neste ritmo, acredita, em um curto espaço de tempo, será possível ultrapassar a capacidade atual de 4,6 milhões de toneladas por ano e chegar a 6,4 milhões. “Queremos que aqui seja a maior mina de níquel do mundo”.

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Hari Alexandre Brust, acha este é um momento importante para a atividade no Estado. “Foi uma descoberta importante, que atrai os olhares para uma nova área”, acredita Brust. A CBPM vai receber, a partir de 2011, 2,51% sobre a receita do concentrado de níquel, valor equivalente a R$ 15 milhões por ano. Com isso, o governo acredita que a empresa estatal vai se tornar autossuficiente em investimentos. Brust lembra que o Estado tem apresentado um grande potencial para a mineração. “Nossa próxima grande mina deve ser a de vanádio, em Maracás”, estima. Além disso, existe o projeto para a extração de ferro da região de Caetité.
Expansão - O cenário de expansão é confirmado pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Miguel Nery. Segundo ele, a Bahia apresentou 19,5% dos requerimentos de pesquisa do País neste ano. “A Bahia lidera os pedidos de licença para pesquisa há quatro anos e vem se consolidando como um estado com grande potencial para a mineração”.

Além de apresentar potencial em diversas áreas, o que chama atenção é a diversidade de minérios que pode se encontrar no subsolo baiano. “O Estado tem grande potencial para exploração de minério de ferro, vanídio, rochas ornamentais, areia, cobre e fosfatos para fertilizantes”.

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