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ITABUNA-BA

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vagas na Construção Civil

Há 18 mil vagas na construção civil, mas faltam profissionais



O setor da construção civil estima contratar 18 mil profissionais a mais em 2010, na Bahia. Atualmente, são 116 mil empregados no mercado formal. Os números refletem o bom desempenho da área e, ao mesmo tempo, alertam o empresariado para uma preocupação: a falta de mão-de-obra especializada.
Desde que os bons ventos voltaram a embalar os canteiros de obras, após o período da crise, empregadores têm encontrado dificuldades na hora de contratar. Faltam mestre- de-obras, eletricistas, pedreiros, carpinteiro, encanadores, engenheiros, entre outros profissionais qualificados.
Somente no segmento da habitação, a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) tem como meta elevar as vendas de, aproximadamente, dez mil unidades este ano, para 15 mil em 2010. “Temos outras frentes que podem ampliar ainda mais a demanda por pessoal. A indústria naval, as obras públicas e as obras da copa são exemplos”, avalia o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Civil (Sinduscon), Vicente Mattos.
Frentes
Para contornar o problema, o setor aposta em frentes estratégicas. Firmou parceria com os governos, ONGs e entidades para programas de capacitação. Também há empresas que estão colocando a mão na massa e fazendo treinamento nos canteiros. “Com o aquecimento do setor e a criação do programa Minha Casa, Minha Vida, a necessidade de mão-de-obra aumentou intensamente. Já visualizamos isso e temos desenvolvido ações de capacitação”, diz.

O diretor técnico da Ademi, Luciano Muricy, reconhece a dificuldade na busca de pessoal, mas não vê motivos de preocupação. “Tem que correr atrás, tem muita gente desempregada. Temos que ir atrás desse pessoal desocupado e colocá-los para trabalhar. A construção civil não requer uma qualificação muito demorada, se existir dificuldade será fruto do próprio empresariado”, avalia.
Falta de insumos pode dificultar calendário de obras

Além da falta de mão-de-obra especializada, o fornecimento dos insumos da construção civil também pode vir a ser motivo de dor-de-cabeça para o setor. Com a crise, o parque industrial deu uma freada na produção e ainda não conseguiu entrar no ritmo da nova realidade do mercado.

Com isso, empresários que compram materiais sem planejamento correm sérios riscos de ficar na mão e até mesmo de ter o cronograma da obra afetado. “A falta de mão-de-obra e de material já vem ocorrendo. As empresas terão que se programar com antecedência, alterar o fluxo financeiro para comprar materiais com antecedência para não entregar as obras com atraso”, explica o proprietário da Leão Engenharia, Ivan Leão.
Enquanto alguns preferem ser otimistas com os desafios que terão pela frente, o empresário Antonio Carlos Costa Andrade é bem cético e chega a cogitar que a falta de mão-de-obra especializada e de materiais pode levar a ampliar em até seis meses na entrega de grandes empreendimentos. “Para evitar falta de material, a saída será comprar tudo no início da obra com programação. Antes, podíamos comprar durante a obra porque tinha pronta- entrega, agora é preciso comprar com folga”, diz.

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