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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Salvador !!

Mais de 60 horas de terror resultam em 24 mortes



Mais retratos da violência que assola Salvador e região metropolitana (RMS) foram registrados pela polícia nas últimas horas. Das 7 horas da manhã do sábado às 21 horas da segunda-feira, foram contabilizados 24 assassinatos.
Nas 62 horas de violência, a média ultrapassou a marca de um assassinato a cada três horas. Pior, dentre as mais de duas dezenas de mortes há duas chacinas: a primeira no domingo à tarde, com três corpos encontrados no bairro do Caji, em Lauro de Freitas. Poucas horas depois, mais quatro homens foram assassinados, desta feita na região de Pituaçu. A polícia não descarta a possibilidade de as duas chacinas terem relação.
O grupo morto em Pituaçu bebia por volta de 3 horas da madrugada da segunda-feira, na comunidade do Golfo Pérsico, na Rua 12 de Outubro, em Pituaçu. Eram cinco pessoas. Quatro homens armados e encapuzados chegaram atirando e mataram Gibson Cardia Conceição, 18 anos, Eulálio Santos Júnior, 30, Emilton Santos Mota, 28, e Márcio de Santana, 21.
O único que sobreviveu ao ataque foi o ajudante de pedreiro Leandro de Jesus Santana, 25, que, ferido no braço, conseguiu se esconder no banheiro de uma casa. Ele prestou depoimento, nesta segunda, 7, na 9ª CP (Delegacia da Boca do Rio), responsável pelas investigações, e disse não saber a motivação do ataque.
Motivação

Policiais da 9ª CP dizem que existem indícios que relacionam as mortes em Pituaçu com a chacina ocorrida em Lauro de Freitas, com três mortes. Neste caso, os corpos apresentavam marcas de tiros e de espancamento. Todos tinham os pulsos amarrados com fios de náilon e dois deles estavam sem roupa quando a polícia os encontrou.
Mas moradores do Golfo Pérsico, em Pituaçu, que pediram para não ser identificados por temer represálias, levantam outra possibilidade para a morte dos quatro homens naquela área. Segundo o que foi levantado por A TARDE, as vítimas da chacina em Pituaçu na verdade moravam na comunidade do Bate-Facho, na Boca do Rio. O soldado da PM Edmilson Nascimento, 42, trabalhava naquela área, lotado que era na 39ª CIPM, que tem sede no bairro.

Edmilson foi assassinado por volta das 22 horas do domingo, em Matatu de Brotas, ao sair de uma festa. Um morador do Golfo Pérsico afirmou que as mortes em Pituaçu foram justamente em represália ao assassinato do PM Edmilson. Os matadores teriam saído à procura do grupo, na Boca do Rio, e, depois de serem informados sobre o paradeiro dele, partiram para Pituaçu, onde encontraram os cinco homens bebendo.
Segundo o morador de Pituaçu, o grupo que promoveu a chacina no bairro era de policiais, ou, pelo menos, tinha um entre eles. “Todo mundo sabe, mas ninguém quer falar”, disse. Segundo o morador, um dos encapuzados usava parte da farda da PM.
A polícia diz desconhecer o envolvimento de policiais na ação de Pituaçu. Porém não descarta a possibilidade de a chacina estar relacionada à morte do PM Edmilson.
A chacina no Golfo Pérsico, em Pituaçu, então, tanto pode ter ligação com a morte do PM, como com a chacina em Lauro de Freitas. Resta à polícia dar uma resposta satisfatória à sociedade. Dos quatro mortos em Pituaçu, Eulálio respondia por crime de lesões corporais, e Emilton, por furto.
Outro caso - A chacina em Pituaçu não foi a primeira com quatro mortes registrada este ano em Salvador. Em julho, Jean Anderson Santos, 17, o irmão dele Carlos Antônio, 23, e Jonatas Antunes, 23, foram encontrados carbonizados na manhã do dia 27, em um carro, na Estrada de Nova Brasília, no bairro de Valéria. A quarta vítima, Jaguaraci Antunes, 23, irmão de Jonatas, estava fora do carro. Ele recebeu pauladas na cabeça e chegou ao HGE sem vida.

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