Foto: Agência Brasil
Sair de uma relação abusiva pode ser considerado a hora de maior risco para as mulheres, segundo uma afirmação feita pela promotora Lúcia Iloizio, nesta terça-feira (7). A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Violência Doméstica contra a Mulher e Núcleo de Gênero fez a declaração durante a ação social para celebrar os 12 anos de Lei Maria da Penha, que protege mulheres da agressão física e verbal.
A promotora aproveitou a oportunidade para reforçar sobre a conscientização a partir da Lei Maria da Penha e alertar para a quantidade de denúncias de feminicídio. "Nós estamos aqui para fazer um trabalho de conscientização com relação à Lei Maria da Penha e também para chamar atenção para esse quantitativo [de denúncias de feminicídio]. Mulheres têm perdido a vida em razão da violência doméstica e o momento de maior risco para elas é quando decidem dizer ‘não’ àquela relação abusiva. Então todo o cuidado é pouco”, reiterou.
Lúcia Iloizio também destacou a importância das mulheres não se calarem diante os casos de violência doméstica. "Infelizmente a violência doméstica se torna, muitas vezes, uma rotina na vida da mulher e pode dar causa, sim, à morte dela. E isso é importante que se frise”, afirmou.
De acordo com ela, desde a criação da Lei de Feminicídio em 2015 até março deste ano, o Ministério Público apontou que houve cerca de 170 tentativas de feminicídio e casos consumados. A promotora ainda frisou que as mulheres precisam saber que, além da existência das leis, há outros serviços de acolhimento e atenção às vítimas de violência doméstica.
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