Cosme e Damião
São Cosme e São Damião | |
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A decapitação de São Cosme e São Damião, por Fra Angelico | |
Mártires; Taumaturgos | |
Nascimento | Desconhecida em Arábia (?) |
Morte | c. 303 em Egeia, Síria |
Veneração por | Igreja Católica Igreja Ortodoxa Igrejas não-calcedonianas Candomblé Batuque Xangô do Nordeste Xambá Umbanda |
Principal templo | Convento das Clarissas (Madri) Basílica de São Cosme e Damião (Roma) |
Festa litúrgica | - 26 de Setembro (Igreja Católica) - 27 de Setembro (Igreja Católica , religiões afro-brasileiras) - 1º de novembro (Igreja Ortodoxa) |
Atribuições | Caixa com ungüentos, frasco de remédios, folha de palmeira. |
Padroeiro | Cirurgiões, físicos, farmacêuticos, faculdades de medicina, barbeiros e cabeleireiros |
Portal dos Santos |
Santos Cosme e Damião, os santos gêmeos, morreram em cerca de 300 d.C. Crê-se que foram médicos, e sua santidade é devida por exercer a medicina sem cobrar por isto e por terem morrido pela fé. Sua festa é celebrada atualmente no dia 26 de setembro pela Igreja Católica, no dia 27 de setembro pelas religiões afro-brasileiras e no dia 1º de novembro pela Igreja Ortodoxa.
Biografia[editar]
Há relatos que atestam serem originários da Arábia, de uma família nobre de pais cristãos, no século III. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio.
Um estudou Medicina e o outro Farmácia na Síria e depois foram praticar em Egéia. Diziam "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder".
Exerciam a medicina e farmácia na Síria, em Egéia e na Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anárgiros, ou seja, inimigos do dinheiro.
Cosme e Damião foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma exata como morreram. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma.
Foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.
Versões de suas mortes[editar]
Há várias versões
para suas mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Uma
das fontes relata que eram dois irmãos, bons e caridosos, que
realizavam milagres e por isso teriam sido amarrados e jogados em um
despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e de serem inimigos dos
deuses romanos.
Segundo outra
versão, na primeira tentativa de matá-los, foram afogados, mas salvos
por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano
algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem
atingi-los. Por fim, morreram degolados.
Lenda: Existiam
num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os
problemas mais difíceis eram resolvidos por eles que em troca pediam
doces, balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e,
um dia, brincando próximo a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu
afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O
gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando
de saudades do seu irmão, pedia sempre a Deus que o levasse para perto
do irmão. Sensibilizado pelo pedido, Deus resolveu levá-lo para se
encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro.
Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas
imagens para ter seus pedidos atendidos.
Semelhanças com a Mitologia Grega[editar]
Na mitologia
grega, há muito se cultuava esses santos, havendo registros, desde o
século V, quando esse culto já estava estabilizado no Mediterrâneo,
de cultos que relatam a existência, em seus cultos, de um óleo santo,
atribuído a Cosme e Damião, e que tinha o poder de curar doenças e dar
filhos às mulheres estéreis.
Alguns grupos
concentram seus esforços para demonstrar que Cosme e Damião não
existiram de fato, que eram apenas a versão cristã da lenda dos filhos
gêmeos de Zeus, Castor e Pólux.
Esta versão é combatida por aqueles que acreditam na real existência
dos irmãos, embora a superstição que o povo tem muitas vezes faça supor
que haja uma adaptação do costume pagão.
Relação com as religiões afro-brasileiras[editar]
O dia de São Cosme e Damião é celebrado também pelo Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste, Xambá e pelos centros de Umbanda onde são associados aos ibejis,
gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer
pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome
Cosme significa "o enfeitado" e Damião, "o popular".
Estas religiões os celebram no dia 27 de setembro,
enfeitando seus templos com bandeirolas e alegres desenhos, tendo-se o
costume, principalmente no Rio de Janeiro, de dar doces e brinquedos às
crianças que lotam as ruas em busca dos agrados. Na Bahia, as pessoas
comemoram oferecendo caruru, vatapá, doces e pipoca para a vizinhança.
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