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ITABUNA-BA

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Queda do Cacau

Processamento de cacau tem queda de 7,6% no Brasil
Os produtores de ovos de chocolate do Brasil esperam manter as vendas aquecidas na Páscoa deste anoA indústria de processamento de cacau no Brasil registrou queda de 7,6% no volume de produção em 2009 – um recuo pouco maior que a média mundial, avaliada em 5,76%. Os dados foram compilados pelo consultor Thomas Hartman, da Federação da Agricultura do Estado da Bahia. Apesar da retração, produtores de cacau e consumidores não sentirão forte impacto da queda no processamento do produto, principal matéria-prima do chocolate.

A queda nas processadoras foi provocada especialmente pela diminuição da demanda com os altos preços da commoditie no mercado internacional, a maior dos últimos dez anos segundo produtores. Mas, como a produção de cacau brasileira é bem menor que a capacidade de processamento das indústrias locais, a queda se deu apenas no cacau importado, que continuou a ser comprado pelas grandes empresas, mas deixou de ser vantajoso para empresas de menor porte. “A produção brasileira sempre será absorvida por estas empresas”, avalia Hartman.
Para o especialista, a tendência é de que os preços do cacau no mercado internacional não sejam mantidos em alta. “É possível que haja uma correção destes valores para baixo, mas tudo vai depender da atividade especulativa, que tem sido muito intensa nos últimos anos”.
Retração - O empresário e produtor de cacau Adilson Reis conta que o consumo mundial de chocolate teve uma pequena retração depois da crise econômica mundial. Além disso, com os preços do cacau e do açúcar em alta no mercado de commodities, o preço do produto final também subiu, principalmente no exterior. “A matéria-prima ainda não está em falta, mas a tendência da produção mundial é cair e os preços tendem a continuar subindo”, afirma Reis.



Sobre o processamento de cacau, Adilson Reis, explica que a indústria brasileira foi dimensionada para a produção antes da disseminação da vassoura-de-bruxa, praga que destruiu fazendas inteiras de cacau no final dos anos 80 e início da década de noventa. “Aqui na Bahia eram processadas quase cinco milhões de sacas de cacau por ano”, lembra.

Produção - Aliada à conjuntura internacional, a cultura do cacau sofre com queda da produtividade. O Brasil, que já foi o maior país produtor, hoje ocupa a oitava colocação e a Costa do Marfim, atual campeã no ranking, também sofre com a queda nos índices. “A ONU tem até um programa de incentivo, a fundo perdido, para a manutenção da produção de cacau naquele país”, afirma Adilson Reis.

A falta de recursos para investir na qualificação da lavoura e aumentar a produtividade é o principal problema dos produtores. Na Bahia, os cacauicultores amargam as dificuldades da falta de crédito e do endividamento depois da vassoura-de-bruxa.
O presidente da Associação Baiana de Produtores de Cacau diz que a negociação com governo do Estado e Ministério da Agricultura evoluem, mas esbarram na aprovação do Ministério da Fazenda. “Existem recursos nos bancos financiadores, mas o produtor só terá condições de pedir novos empréstimos se foram revisadas as tabelas de renegociação, sem isso, ninguém terá condições de pagar o empréstimo depois”, comentou Almeida.

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