Dia de Nossa Senhora Aparecida
12 de Outubro
A História mais autêntica e admirável do encontro da imagem milagrosa
por pescadores; graças e benefícios provenientes da maternal e poderosa
intercessão junto a DEUS; Basílica Nova, Santuário Nacional; informações
preciosas para romeiros, peregrinos e visitantes.
Os Jesuítas
Nossa Senhora Aparecida
Desde o descobrimento do Brasil uma nova força encheu de esperanças a
Coroa Portuguesa, para conseguir êxito na colonização das terras
descobertas. Era a força espiritual, representada pelos padres da
Companhia de Jesus (Jesuítas), que apesar de recém-fundada, tinha
conquistado a confiança do Rei Dom João III, que decidiu dar-lhes
auxílio e proteção.
Por isso os padres jesuítas tiveram a honra de iniciar no Brasil um
profundo trabalho catequético, com a ajuda da Monarquia Portuguesa. E
com muita coragem e disposição dedicaram-se à conversão e evangelização
das ferozes e selvagens tribos indígenas que povoavam nossa terra.
Dentre os muitos e audazes Padres que exercitaram heroicamente o ideal
cristão em terras brasileiras, mencionamos Padre Manoel da Nóbrega,
Padre Navarro, Padre Galvão e Padre José de Anchieta, que fundaram e
trabalharam ativamente nos núcleos de colonização, que hoje são notáveis
e importantes cidades, como São Paulo, Vitória, São Vicente, Anchieta e
muitas outras.
A preocupação inicial era formar o povoado, construindo escolas,
ambulatórios, centro de catequese, a fim de facilitar a fixação e o
enraizamento do índio e de sua família, inclusive procurando
catequiza-los no próprio idioma indígena. Com este procedimento
racional, os padres criaram condições favoráveis para que as comunidades
crescessem e se ampliassem.
Entre as diversas tribos existentes, algumas eram nômades, não se
fixavam por longo tempo em nenhum lugar. Por isso mesmo, mereceram uma
atenção mais especial dos Jesuítas, porque não permanecendo nos
povoados, ao se deslocarem para outras regiões geralmente levavam
algumas pessoas que já residiam na comunidade e causavam com a partida,
um certo desânimo naqueles que permaneciam. E foi assim que a
perseverança admirável dos missionárias, depois de insistentes
tentativas, conseguiram vencer a resistência indígena e vagarosamente
foi-se observando um processo de fixação, fazendo com que eles
assumissem os deveres, obrigações e regalias no povoado sabiamente
orientados pelos prelados. Organizaram um esquema de trabalho
permanente, que os mantinha os índios sempre ocupados, produzindo para
eles mesmos e para a comunidade.
Por outro lado, felizmente aquelas revoluções religiosas que ocorreram
na Europa no século XVI e causaram tanto mal, não afetaram e nem
influenciaram em nada, a nascente vida religiosa brasileira. O país
nasceu sob o signo da Cruz, fiel ao evangelho do SENHOR JESUS e submissa
a hierarquia eclesiástica apostólica romana, e assim continua até hoje.
Em 1550 foi constituída a Diocese da Bahia e em 1575 fundada a Diocese
do Rio de Janeiro. Hoje, o Brasil possuí dezenas de Arquidioceses,
centenas de Dioceses, dezenas de Prelazias, diversas Eparquias e mais de
10.000 Paróquias espalhadas por todo o território nacional.
As Minas de Ouro
Nossa Senhora Aparecida
As notícias se espalharam ligeiras, afinal era uma surpresa agradável e
prometedora que excitou as pessoas e enervou todas as regiões do Brasil
Colonial. Para as minas acorreram gente de todas as classes, cores e
níveis sociais, ansiosos e cheios de esperança, vislumbrando a
possibilidade de ganharem muito dinheiro. As jazidas foram literalmente
invadidas por homens, mulheres, crianças e idosos, que largaram empregos
e propriedades, para se aventurarem na extração do ouro.
Mas no meio de tanta gente, de pensamentos e instruções tão
heterogêneos, começou a acorrer o inevitável representado por
mal-entendidos, discussões, provocações, as pequenas brigas e os
primeiros conflitos sérios entre os mineiros antigos e os novos
mineradores. O ambiente degenerou de tal modo, que culminou com brigas
violentas e muitas mortes, na longa e primitiva guerra dos "Emboabas".
A partir desta época, as dificuldades aumentaram para a maioria daqueles
que demandavam às minas, porque eram assaltados e roubados, perdiam as
suas economias e a condição mínima para poderem viver, por isso se
sujeitavam as exigências dos "aliciadores" de mão de obra, que impunham
um trabalho escravo com um máximo de empenho em troca de um salário
reduzido. Também os negros trazidos da África como escravos, nos famosos
e detestáveis navios negreiros e chegaram ao Brasil a partir do inicio
do século XVI e mais precisamente, desde o ano 1540, eram levados para
as minas onde trabalhavam sem cessar, para satisfazer a gula insaciável
de enriquecimento de seus patrões. Suportavam uma cruel tirania em
benefício de poucas pessoas que comandavam o esquema da extração
mineral.
Coroa Portuguesa
O Rei de Portugal tentou por diversas formas acabar com as brigas e
criar normas para a exploração do ouro, objetivando proteger as classes
menos favorecidas e garantir também a cobrança de seu imposto, que era
de 1/5 sobre o total extraído, ou seja, 20% da produção global de ouro.
Com este objetivo determinou que o metal fosse fundido em barras com o
carimbo do Império, para serem autorizadas a sua comercialização.
Todavia, diversos fazendeiros, principalmente no interior de Minas
Gerais, montaram instalações e adestraram um pessoal a fim de fazer a
extração e o beneficiamento do metal, objetivando fugir do pagamento do
Imposto de 20% (vinte por cento) exigido pelo Rei de Portugal. Dessa
forma, eles fabricavam nas suas fundições as barras de ouro e aplicavam
um carimbo do Império falsificado com tanta perfeição, que ninguém
percebia e assim, comercializavam o ouro sem qualquer dificuldade.
Preparativos
Estavam no anoitecer do dia 16 de Outubro de 1717 e a temperatura era
agradável, com uma suave brisa que agitava as ramadas das árvores. Os
pescadores fizeram seus preparativos, colocaram as canoas no Rio Paraíba
e remaram em busca dos peixes, fazendo os primeiros lanços de rede no
porto de José Correia Leite. Com bastante habilidade e perícia, lançavam
e recolhiam a rede em diversos lugares, mas os peixes não apareciam. As
horas corriam ligeiras, o relógio já marcava 23 horas, sem que as redes
dos barcos espalhados em diferentes áreas, conseguissem trazer um peixe
sequer.
Desiludidos,
quase todos os pescadores abandonaram a pescaria aproximadamente a
meia-noite, certos de que aquele dia não era próprio para a pescaria,
como diziam: " os peixes tinham sumido do rio". Só permaneceu
um barco, com Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe
Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João.
Porto de Itaguaçú
Já rompia o dia com o clarão dos primeiros raios de sol, e os três
pescadores estavam bem distantes do local onde iniciaram a pescaria.
Aproximavam-se do porto de Itaguaçu, sem que seus esforços tivessem sido
recompensados com uma boa quantidade de peixes. O Rio Paraíba que era o
sustento deles, nunca tinha se portado assim, tão hostil. Mas não
podiam desanimar, porque precisavam do dinheiro que receberiam com a
venda dos peixes. Tinham sérios compromissos serem atendidos e também,
não é todo dia que chega um visitante ilustre em Guaratinguetá para
ensejar-lhes a oportunidade de comercializar muitos peixes. Era uma
chance que precisava ser aproveitada.
Por causa da visita do Governador da Capitania, tinham sido recomendados pelo pessoal da Câmara: "se levassem muitos peixes seriam bem remunerados".
João Alves, o mais jovem, chegou a exclamar: "será
que pescaram todos os peixes do rio e esqueceram de nos avisar?" E no
silêncio da madrugada só se ouvia o riso humorado dos três, que sem
compreenderem o que acontecia, comentavam o fato com tranqüilidade de
espírito e plena aceitação da ocorrência , sem apelações, impropérios ou
qualquer manifestação rancorosa. Sem dúvida, precisavam dos peixes e
lutavam tenazmente para conseguí-los, mas aceitavam com dignidade o
fracasso da pescaria.
Agora estavam no porto de Itaguaçú ... O suor brotava de suas fontes
morenas, queimadas pelo sol, enquanto perseverantemente insistiam na
faina de lograr êxito na pescaria. E aí aconteceu o imprevisível...
O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense,
era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia,
Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de
suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar,
então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de
Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso
próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na
segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os
peixes pareciam brotar ao redor do barco.
Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia
várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um
oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá
erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.Como o número de fiéis
fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada
Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao
redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI
proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.
A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em
1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde
para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou
um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de
largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de
abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento
comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7
milhões de romeiros por ano.
IGREJA VELHA
Entre os anos de 1883 a 1888, esta Capela Maior foi ampliada e
reformada, sempre com o objetivo de melhor atender a afluência de fieis,
cada vez mais crescente e fervorosa. Aquela Capela é a atual Igreja
Velha de NOSSA SENHORA APARECIDA, também denominada Basílica Velha, situada do outro lado da passarela monumental, em contínua atividade até hoje.
Passarela que leva ao santuário de Aparecida
Primeiros Milagres
Milagre das Velas
Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a
Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha,
querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si
mesmas. Este foi o primeiro milagre de Nossa Senhora.
Caem as Correntes
Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas
correntes, ao passar pelo Santuário, pede ao feitor permissão para rezar
à Nossa Senhora Aparecida.
Recebendo autorização, o escravo se ajoelha e reza contrito. As
correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias
livre.
O Cavaleiro Sem Fé
Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas
Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela
fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na
igreja. Não conseguiu. A pata de seu cavalo se prendeu na pedra da
escadaria da igreja ( Basílica Velha), e o cavaleiro arrependido, entrou
na igreja como devoto.
A Menina Cega
Mãe e filha caminhavam às margens do rio Paraíba, quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe: "Mãe como é linda esta igreja" (Basílica Velha).
Menino do Rio
O Pai e o filho foram pescar, durante a pescaria a correnteza estava
muito forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a
correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pede a Nossa Senhora Aparecida para
salvar o menino. De repente o corpo do menino para de ser arrastado,
enquanto a forte correnteza continua e o pai salva o menino.
O CAÇADOR
Um caçador estava voltado de sua caçada já sem munição, derepente ele se
deparou com uma enorme onça. Ele se viu encurralado e a onça estava
prestes a atacar, então o caçador pede desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, a onça vira e vai embora
A ORIGEM DO DIA DAS CRIANÇAS
DIA DAS CRIANÇA
O Dia das Crianças é uma data comemorada em diferentes países. De acordo
com a história e o significado da comemoração, cada país escolhe uma
determinada data e certos tipos de celebração para lembrar de seus
menores. Ao mesmo tempo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) convencionou o dia 20 de novembro para se comemorar o dia das
crianças.
A escolha desta data se deu porque nesse mesmo dia, no ano de 1959, o
UNICEF oficializou a Declaração dos Direitos da Criança. Nesse
documento, se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas as
crianças do mundo como alimentação, amor e educação. No caso brasileiro,
a tentativa de se padronizar uma data para as crianças aconteceu
algumas décadas antes.
Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, sediou o
3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte, aproveitando a
recente realização do evento, o deputado federal Galdino do Valle Filho
elaborou o projeto de lei que estabelecia essa nova data comemorativa.
No dia 5 de novembro de 1924, o decreto nº 4867, instituiu 12 de outubro
como data oficial para comemoração do Dia das Crianças.
Entretanto, a data não se tornou uma unanimidade imediata. Somente em
1955, a data começou a ser celebrada a partir de uma campanha de
marketing elaborada por uma indústria de brinquedos chamada Estrela.
Primeiramente, Eber Alfred Goldberg, diretor comercial da empresa,
lançou a chamada “Semana do Bebê Robusto”. O sucesso da campanha logo
atraiu a atenção de outros empresários ligados à indústria de
brinquedos.
Com isso, lançaram uma campanha publicitária promovendo a “Semana da
Criança” com o objetivo de alavancar as vendas. Os bons resultados
fizeram com que esse mesmo grupo de empresários revitalizassem a
comemoração do “12 de outubro” criado pelo deputado Galdino. Dessa
forma, o Dia das Crianças passou a incorporar o calendário de datas
comemorativas do país.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola