Foto: Bahia Notícias
A Polícia Federal deflagrou, na madrugada desta segunda-feira (17), a operação “De Volta Para Canaã”, para desarticular uma organização criminosa que utilizava uma seita religiosa para exigir o patrimônio de seus fiéis, e submetê-los a trabalhos forçados, em situação análoga a de escravos. A ação foi realizada em cinco municípios da Bahia, além de São Paulo e Minas Gerais. Os investigadores estimam que o patrimônio recebido em doação dos fiéis chegue a pouco mais de R$ 100 milhões. Cerca de 190 policiais federais cumpriram 129 mandados judiciais, sendo 6 de prisão temporária, 6 de busca e apreensão, 47 de condução coercitiva e 70 de sequestro de bens. Na Bahia, as cidades afetadas são Remanso, Marporá, Barra, Ibotimara e Cotegipe. As investigações apontaram que os dirigentes da seita religiosa mantinham pessoas em regime de escravidão nas fazendas onde desenvolviam suas atividades e rituais religiosos. Os fiéis, ao ingressarem na seita, eram convencidos a doar seus bens sob o argumento da convivência em uma comunidade onde “tudo seria de todos” e, em seguida, obrigados a trabalhar sem qualquer espécie de pagamento. Os envolvidos responderão pela prática dos crimes de redução de pessoas à condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O nome da operação é uma referência bíblica à terra prometida por deus a seu povo.
Aulão de dança atrai pessoas mesmo em dia de chuva
Deixando a timidez de lado e entregando-se à simples arte de movimentar o corpo aos moldes rítmicos, foi dessa maneira que cerca de 100 alunos e pessoas da comunidade participaram do segundo Aulão de Dança promovido pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), através da Casa das Artes Unidade Sarinha / CSU, capitaneada pela coordenadora da casa, Luciana Seara e pelo professor Marcelino Neto.
Para Luciana Seara, esse tipo de evento é a oportunidade que se tem para democratizar ainda mais o acesso às oficinas oferecidas pela Casa das Artes e mais especificamente às oficinas de dança. Para ela, “a dança é integradora. Para participar de um evento desse tipo, a pessoa não precisa especificamente saber dançar. O mais importante é a pessoa querer se divertir e fazê-lo sem se preocupar com resultados. O ganho maior proporcionado por uma aula de dança são as mudanças provocadas no espírito, muito mais do que aqueles observados no corpo. Quem dança, sai da aula com uma energia diferente; a questão estética fica em segundo plano. Ela existe (pois quem dança queima calorias, ganha saúde e fica mais bonito), mas essa estética acaba ficando em segundo plano”, ratificou a coordenadora.
O professor Marcelino Neto disse que a ideia geral dos “aulões” surgiu da necessidade de se realizar algumas atividades extras. “Nós apresentamos o projeto para a coordenação da casa, que ‘vestiu a camisa’, e tivemos um evento piloto na praça do bairro Sarinha, que foi muito bom. Isso nos motivou a trazer essa mesma iniciativa para o Centro da cidade, e a resposta também foi muito boa”. Marcelino contou ainda é imprescindível para os profissionais da casa esse tipo de contato com a comunidade, para que possam fazer as demonstrações de suas habilidades, bem como dos resultados obtidos junto aos alunos. “É a partir dessa experiência que promovemos a socialização entre os alunos e a comunidade em geral”.