Por Redação
Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (12) que sancionaram 16 membros do governo venezuelano e do judiciário do país próximos ao presidente Maduro em retaliação ao processo eleitoral do país, que é tido pelos EUA como fraudulento.
Estas são as primeiras sanções impostas após as eleições de julho, que, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, foram vencidas por Maduro, enquanto que a oposição, cujo candidato era Edmundo González, afirma que o pleito foi vencido pelo candidato, com mais de dois terços dos votos.
Entre os nomes mencionados nesta quinta-feira estão o da presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, Caryslia Rodríguez. Foi Rodríguez quem leu a sentença na qual o supremo reconheceu a vitória de Maduro, afirmou que não houve fraude eleitoral e determinou que as atas eleitorais não deveriam ser tornadas públicas.
Em resposta, o governo venezuelano afirmou em comunicado que rejeita as sanções nos “termos mais enérgicos”. Além de Rodríguez, foram sancionados diversos juízes, que, segundo Washington, teriam envolvimento no resultado ilegítimo e fraudulento das eleições.
“Hoje, os EUA estão tomando medidas decisivas contra Maduro e seus representantes por sua repressão ao povo venezuelano e negação dos direitos de seus cidadãos a uma eleição livre e justa”, afirmou o secretário-adjunto do Tesouro dos EUA, Wally Adeyemo.
O Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que os sancionados terão restrições no visto para entrada no país. No total, segundo o órgão, são mais de 2.000 os venezuelanos alvos de sanções estadunidenses, entre eles Maduro e o presidente do CNE, Elvis Amorosos, sancionados desde 2017.
Em comunicado oficial, a Venezuela chamou as sanções de crime de agressão e ato grosseiro que busca “congraçar com uma classe política que lançou mão de práticas fascistas e violentas para derrubar, sem sucesso, a democracia Bolivariana”.
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