Itabuna é um município brasileiro do sul do estado da Bahia. Possui uma área total de 432,244 km² e está localizada a cerca de 426 quilômetros da capital da Bahia, estando em torno de 333 quilômetros de distância dessa cidade via ferryboat. É a quinta cidade mais populosa da Bahia, e no nordeste brasileiro, a cidade ocupa o décimo lugar. Sua população foi estimada em 213 223 habitantes, conforme dados do IBGE de 2019. A cidade de Itabuna, em conjunto com o município vizinho de Ilhéus, forma uma aglomeração urbana classificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística como uma capital regional B, exercendo influência em mais de 40 municípios que, juntos, apresentam pouco mais de um milhão de habitantes.
Segundo levantamento realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o município de Itabuna apresenta o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano do Estado da Bahia, ficando atrás somente da capital baiana, Salvador, e do município de Lauro de Freitas.É terra natal do escritor Jorge Amado, que a descreve em algumas de suas obras, como Gabriela, Cravo e Canela e Terras do Sem Fim.
O nome "Itabuna" é derivado do termo tupi itáabuna, que significa "padre de pedra" (itá, pedra + abuna, padre). O nome é uma referência a uma formação rochosa que se assemelha a um padre. Essa formação rochosa veio a designar o terceiro distrito de Ilhéus, Cachoeira de Itabuna, ao qual pertencia a localidade de Tabocas, que veio a dar origem ao atual município de Itabuna.
Por volta do ano 1000, as tribos indígenas tapuias (especificamente, os aimorés)[12] que habitavam na região foram expulsas devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia.
No século XVI, quando chegaram os primeiros portugueses à região, a mesma era habitada pelos tupiniquins, grupo indígena do tronco tupi . Os portugueses implantaram, na região, a capitania de Ilhéus,
porém esta fracassou economicamente devido aos constantes ataques dos
índios aimorés, que, a partir da década de 1550, retornaram à região,
provenientes do interior do continente.[12][13]
O povoamento de origem europeia na região só se consolidou a
partir do momento em que esta passou a servir como principal ponto de
passagem de tropeiros, que se dirigiam a Vitória da Conquista. Na área cortada pelo rio Cachoeira, surgiu, em 1857,
o Arraial de Tabocas, em meio à mata, que estava sendo ocupada por não
índios. O nome Tabocas, segundo a tradição, deve-se a um imenso jequitibá, de cuja derrubada fora feita uma disputa, sendo aquele o "pau da taboca", ou seja, da roça que se abria.[carece de fontes]
A partir de 1867, intensificou-se a ocupação da região por não índios - principalmente migrantes sergipanos,
dentre os quais se destacam Félix Severino de Oliveira, depois
conhecido como Félix Severino do Amor Divino, e José Firmino Alves, que
eram primos. Félix fundou, na entrada de Itabuna, a Fazenda Marimbeta.
Hoje, existe uma rua com esse nome, no bairro da Conceição. Eles vieram
da Chapada dos Índios, atual Cristinápolis. A eles, se atribui a fundação da futura cidade de Itabuna.[carece de fontes]
Em trinta anos, o crescimento da povoação foi tanto que, em 1897,
os moradores pleitearam sua emancipação, que foi negada. Nova tentativa
foi feita, junto ao governo estadual, em 1906, comprometendo-se Firmino
Alves a doar os terrenos para que fossem erguidas as sedes
administrativas.[carece de fontes]
Emancipação
Fundado
em 1910, o município de Itabuna tem sua cronologia confundida com a
própria origem do seu perímetro urbano, a partir de meados do século XIX, reduzindo-se a importância da centenária Ferradas, que foi a primeira vila - com o nome de dom Pedro de Alcântara,
três décadas antes de Tabocas -, e o primeiro povoamento não indígena
no território daquele que viria a ser o município de Itabuna.[carece de fontes]
Em abril de 2011, foi protocolado, na Assembleia Legislativa da Bahia, uma proposta do deputado Gilberto Santana, do Partido Trabalhista Nacional, para a criação da Região Metropolitana do Cacau, que englobaria os municípios
de Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema, Camacã,
Canavieiras, Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ibirapitanga, Ilhéus,
Itabuna, Itajuípe, Itacaré, Itapé, Itajú do Colônia, Itapitanga,
Jussari, Maraú, Mascote, Pau Brasil, Santa Luzia, São José da Vitória,
Ubaitaba, Una e Uruçuca.
Economia
Itabuna é um centro regional de comércio, indústria e de serviços. Sua importância econômica cresceu no Brasil durante a época áurea do cultivo de cacau, que, por ser compatível com o solo da região, levou-a ao 2º lugar em produção no país, exportando para os Estados Unidos e Europa.[carece de fontes]Depois de grave crise na produção cacaueira causada pela presença da doença conhecida como vassoura-de-bruxa, a cidade tem buscado alternativas econômicas, com a ajuda do comércio, da indústria e da diversificação de lavouras. A cidade é um importante entreposto comercial do estado, situada às margens da BR-101 e BR-415 e hoje se destaca com indústrias de grande porte como Nestlé, Kissex, Produtos Padim, Delphi Cacau, Cambuci S/A (Penalty) e TriFil, se consolidando como polo médico, prestador de serviços e de educação.[carece de fontes]
O município conta com o Shopping Jequitibá, um dos maiores do interior da Bahia, com mais de 130 lojas e 8 âncoras.[carece de fontes]
Saúde
A cidade conta com alguns hospitais particulares e outros filantrópicos como o complexo Santa Casa, com 3 hospitais, assim como outros públicos, como o Hospital de Base, que não atendem somente a cidade, mas também aos municípios vizinhos, num total de 121 pactuados, como Lomanto Júnior, Ibicaraí, Itajuípe, Itapé, Buerarema, Jussari, Camacã, Coaraci e Uruçuca, inclusive de outros estados.[carece de fontes]População e Eleitorado (Eleições Municipais)[16] | ||
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Habitantes | Eleitorado | Eleitorado (% da população) |
204 710 | 138 188 | 67,41% |
Educação
Itabuna se destaca na educação, principalmente como polo universitário regional, possuindo alguns dos melhores centros educacionais da Bahia. A cidade dispõe de várias escolas públicas, com destaque para o Colégio Estadual Sesquicentenário (CISO), Colégio da Polícia Militar Antônio Carlos Magalhães, Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, e particulares como os colégios Sistema Moderno de Educação, Galileu, São José da Ação Fraternal de Itabuna (AFI), Divina Providência e Pio XII, além de 3 faculdades, Faculdade de Tecnologia e Ciências e União Metropolitana de Educação e Cultura - ex-FacSul, Faculdade Santo Agostinho um Centro Estadual de Educação Profissional em biotecnologia e saúde - CEEP (antigo Colégio Polivalente). A universidade surgiu da união de faculdades das duas cidades na década de 1970, oferecendo, juntas, mais de 50 cursos de nível superior em graduação e mais alguns em pós-graduação. Possui também o campus sede da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia).[carece de fontes]Nota: O Colégio Ciso não existe mais. Os governo municipal e Estadual resolveram fechar o Colégio.
- Taxa de analfabetismo (IBGE - 2000):[carece de fontes]
- População de 10 a 15 anos: 7,9%;[carece de fontes]
- População de 15 anos ou mais: 15,1%.[carece de fontes]
- IDI (Índice de Desenvolvimento da Infância - Unicef - 2004): 0,64.[carece de fontes]
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