O objetivo é introduzir na tradição da oferta de agrados a preocupação com a poluição marinha, diferenciando o presente do lixo”, disse à época a coordenadora do grupo. A alteração na tradição ganhou o apoio de uma das mais importantes sacerdotisas dos cultos afros do Brasil, Mãe Stella de Oxóssi, do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá de Salvador.
Num artigo intitulado "Presença, sim! Presente, não!", publicado no jornal "A Tarde", de Salvador, a ialorixá (morta em dezembro passado) escreveu que seus seguidores não iriam mais poluir o mar com presentes. "Meus filhos serão orientados a oferendar Iemanjá com harmoniosos cânticos. Quem for consciente e corajoso entenderá que os ritos podem e devem ser adaptados às transformações do planeta e da sociedade."
Em 2016, durante a Campanha Balaio Verde, da Secretaria Municipal da Cidade Sustentável da Salvador e da Escola de Mergulho Galeão Sacramento, foram retirados 150 kg de lixo do fundo do mar, na Praia de Santana, no bairro do Rio Vermelho, após a festa.
Respeito à natureza está entre os princípios das religiões de matriz afro
Em 2 de fevereiro muitas cidades no país recebem festividades para homenagear Iemanjá. Salvador é a mais emblemática delas, reunindo milhares de pessoas em torno da festividade. Neste momento, reúnem-se não só os adeptos das religiões de matriz africana, mas adoradores do orixá. Isso chama atenção para a conscientização.
Alternativas, ressaltam entidades que orientam para as oferendas não poluentes, são flores naturais e alimentos ou não deixar as oferendas, como vidros de perfumes, nas águas.
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