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sábado, 2 de fevereiro de 2019

No dia de Iemanjá, o incentivo para homenagear a rainha do mar com oferendas não poluentes


Flores e alimentos são alternativas ao plástico e vidros de perfume
Nos dias atuais, celebrações vêm sendo realizadas nas áreas do Cais do Valongo e Praça Mauá, ao lado do Museu do Amanhã. Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo / Arquivo
Nos dias atuais, celebrações vêm sendo realizadas nas áreas do Cais do Valongo e Praça Mauá, ao lado do Museu do Amanhã. Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo / Arquivo
Dez anos atrás, às vésperas do 2 de fevereiro, data em que os devotos de Iemanjá a homenageiam, o Grupo Nzinga de Capoeira Angola lançou, em Salvador, a campanha  "Iemanjá protege quem protege o mar". A iniciativa buscava mudar o costume de presentear a rainha das águas com oferendas que incluíam itens de plástico, espelhos, vidros de perfumes e outros materiais não biodegradáveis, lançados nas águas em pequenas barcas ou balaios
O objetivo é introduzir na tradição da oferta de agrados a preocupação com a poluição marinha, diferenciando o presente do lixo”, disse à época a coordenadora do grupo. A alteração na tradição ganhou o apoio de uma das mais importantes sacerdotisas dos cultos afros do Brasil, Mãe Stella de Oxóssi, do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá de Salvador.
Num artigo intitulado "Presença, sim! Presente, não!", publicado no jornal "A Tarde", de Salvador, a ialorixá (morta em dezembro passado) escreveu que seus seguidores não iriam mais poluir o mar com presentes. "Meus filhos serão orientados a oferendar Iemanjá com harmoniosos cânticos. Quem for consciente e corajoso entenderá que os ritos podem e devem ser adaptados às transformações do planeta e da sociedade."
Em 2016, durante a Campanha Balaio Verde, da Secretaria Municipal da Cidade Sustentável da Salvador e da Escola de Mergulho Galeão Sacramento, foram retirados 150 kg de lixo do fundo do mar, na Praia de Santana, no bairro do Rio Vermelho, após a festa.

Respeito à natureza está entre os princípios das religiões de matriz afro

Em 2 de fevereiro muitas cidades no país recebem festividades para homenagear Iemanjá. Salvador é a mais emblemática delas, reunindo milhares de pessoas em torno da festividade. Neste momento, reúnem-se não só os adeptos das religiões de matriz africana, mas adoradores do orixá. Isso chama atenção para a conscientização.
Alternativas, ressaltam entidades que orientam para as oferendas não poluentes, são flores naturais e alimentos ou não deixar as oferendas, como vidros de perfumes, nas águas.

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