sábado, 20 de outubro de 2018

Lesões e coceira: Salvador e RMS registram surto de dermatite com causa desconhecida


por Renata Farias
Lesões e coceira: Salvador e RMS registram surto de dermatite com causa desconhecida
Foto: Reprodução / Facebook
As secretarias estadual e municipal da Saúde divergem quanto ao número de casos, mas indicam que os mesmos sintomas têm afetado moradores de Salvador e Região Metropolitana (RMS). Há notificações de manchas vermelhas na pele – em alguns casos, com lesões e prurido – e coceira.

De acordo com a Secretaria Municipal de Salvador (SMS), o número de casos chega a 32 apenas na capital. Por sua vez, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) informa um número consideravelmente menor: foram notificados 17 casos não só em Salvador, mas também no município de Lauro de Freitas.

Além dos sintomas, coincide também a região de maior prevalência, o bairro de Patamares, especificamente no Condomínio Greenville.

Em entrevista ao Bahia Notícias, a subcoordenadora da vigilância epidemiológica da SMS, Cristiane Cardoso, afirmou que a principal hipótese investigada é a relação com algum inseto. Dois fatores corroboram com essa possibilidade: a região e a aparência das lesões.

"Há uma coincidência de apresentar aspecto de picada, como se fosse algum inseto. Claro que algumas pessoas estão desenvolvendo um quadro diferenciado, porque esse quadro dermatológico depende da reação de cada indivíduo", explicou. "A gente está com uma concentração no bairro de Patamares, onde tem inclusive um retrato ecológico forte. A gente tem uma mata, a Lagoa de Pituaçu, uma série de cenários que também colaboram com a hipótese do surto de algum inseto".

A profissional acrescentou que a primeira hipótese testada foi de relação com a zika, que tem a aparição de exantemas como um dos sintomas. No entanto, até o momento, os exames realizados apontam o contrário. "Ainda não descartamos de forma completa essa possibilidade, mas ela está sendo enfraquecida, já que todos os testes realizados deram negativo", afirmou.

Cristiana acrescentou que os casos ainda estão em investigação e que não há uma definição de sintomas que devem ser incluídos ou do período analisado. Ainda assim, estima-se que o surto teve início neste mês de outubro.

Às pessoas que apresentem os sintomas citados, a profissional recomendou cuidado ao coçar as lesões, devido ao risco de infecção relacionada à sujeira nas mãos. Em caso de muito incômodo, é indicada a consulta a um profissional de saúde, de preferência um dermatogista.

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