Foto: Miguel Gutierrez / EFE
Na véspera das eleições para a Assembleia Constituinte,
autoridades venezuelanas adotam fortes medidas de segurança. Segundo a
agência EFE, o motivo é que as tensões contra e pró Maduro estão cada
vez mais intensas. O Conselho Nacional Eleitoral deve divulgar os
últimos detalhes sobre a instalação dos centros de votação que estavam
96% prontas, segundo informou a presidente do órgão, Tibisay Lucena. Ela
alertou que em 53 dos 335 municípios do país foram registrados "fatos
de violência política focalizada" dentro da onda de protestos iniciada
em 1º de abril e que deixou 109 mortos, centenas de feridos e quase 5
mil presos. Lucena ainda declarou que as Forças Armadas, que terão 200
mil homens nas ruas nas eleições de amanhã, buscarão garantir a
continuidade do processo e responderão a qualquer ameaça fazendo "uso
proporcional da força." Ainda segundo a EFE, a emissora estatal "VTV"
tem dedicado a programação para convidar os venezuelanos a participar da
escolha dos representantes da Assembleia Constituinte, processo que,
segundo a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, é rejeitada por
90% dos cidadãos. O poder ilimitado da Assembleia Nacional Constituinte,
uma vez constituída, gera temor entre a população. Muitos venezuelanos
têm estocado alimentos, geralmente escassos devido à severa crise
econômica sofrida pela Venezuela há dois anos.
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