Juros brasileiros só perdem para os de países arrasados por conflitos.
Juros brasileiros só perdem para os de países arrasados por conflitos.

Da CartaCapital

O governo e o Banco Central consideram os juros exorbitantes uma necessidade inevitável, mesmo na recessão, mas as taxas praticadas são, claramente, uma escolha política que custa ao Brasil um preço muito alto em termos de crescimento econômico, emprego, desenvolvimento e progresso social, analisam os técnicos do respeitado think tankprogressista Center for Economic and Policy Research (CEPR), dos Estados Unidos.

O pagamento de juros da dívida pública em 2016 corresponde a 7,6% do Produto Interno Bruto, o quarto maior encargo dentre 183 países, mostra o estudo intitulado “A Enorme Taxa de Juros do Brasil: Será que os brasileiros conseguem suportá-la?”, publicado neste mês. Os encargos da dívida pública só são inferiores àqueles do Líbano (9,15% do PIB), de Gâmbia (8,81%) e do Iêmen (8,36%), “assolados por conflitos civis e outros fatores de risco que aumentam sua probabilidade de inadimplência.

O Brasil, ao contrário, apresenta pequeno risco de inadimplência e, com 360 bilhões de dólares em reservas internacionais (décimo maior estoque do mundo), há pouca probabilidade de sofrer uma crise em seu balanço de pagamentos, o qual poderia conduzir a uma inflação galopante”, chamam atenção Mark Weisbrot, Jake Johnston, Julia Villarruel Carrillo e Vitor Mello, autores do trabalho.

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