por Ricardo Galhardo e Daniel Bramatti | Estadão Conteúdo*Foto: Reprodução / JB
Levantamento
preliminar feito pela Direção Nacional do PT mostra que a legenda terá
1.135 candidatos a prefeito nas eleições de outubro. O número representa
uma redução de 35,5% em relação aos 1.759 candidatos petistas que
disputaram prefeituras nas eleições de 2012. É a menor quantidade de
representantes do partido em um pleito municipal nos últimos 20 anos,
quando disputou 1.077 prefeituras em 1996. Segundo dirigentes do PT, a
redução reflete as turbulências pelas quais tem passado o partido. "É a
crise", afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da
legenda. A queda ocorre em todas as regiões do Brasil, de acordo com os
dados do PT - o País tem 5.750 municípios. O único Estado onde o número
de candidaturas aumentou é o Piauí, governado por Wellington Dias (PT),
com 70 nomes em disputa neste ano contra 49 há quatro anos. Segundo o
secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza, o número
vai aumentar até o término do prazo para registro de candidaturas, dia
15 deste mês, mas certamente ficará bem abaixo do registrado nas últimas
eleições municipais. "Não tenho os números calculados ainda. De fato há
uma redução de candidatos, mas, em compensação, devemos disputar mais
eleitores." O PT vai ter mais candidaturas neste ano em capitais. Serão
20 nomes contra 17 em 2012. Já nas cidades com mais de 150 mil
eleitores, o número também caiu. O PT lançou 84 candidatos quatro anos
atrás e agora vai encabeçar 70 chapas, uma redução de 11%. A cúpula
partidária aponta três motivos para o encolhimento: o sentimento
antipetista amplificado pelas revelações da Operação Lava Jato; a
proibição das doações empresariais, defendida pelo partido; e o processo
de impeachment de Dilma Rousseff, que distanciou o PT de aliados
tradicionais e restringiu as alianças - a direção proibiu coligações com
políticos que tenham se manifestado publicamente a favor do afastamento
da presidente.
Parecer do Conselho de Ética pela cassação de Cunha é lido no plenário da Câmara
Foto: Agência Brasil
O parecer favorável à cassação do mandato do deputado afastado
(PMDB-RJ) aprovado no Conselho de Ética, além da decisão que da Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) que rejeitou o recurso do peemedebista
contra o andamento da ação foram lidos no plenário da Casa, na tarde
desta segunda-feira (8). Com a leitura, foi aberto prazo de duas sessões
ordinárias para que o processo seja incluído na pauta de votações. O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não definiu o dia em
que o parecer será votado. De acordo com o G1, Maia deve consultar nesta
segunda líderes de partidos para agendar uma data. Para que o mandato
de Cunha seja cassado, são necessários 257 votos entre os 512 deputados
em exercício. O ex-presidente é alvo de processo por quebra de decoro
parlamentar por ter mentido em depoimento à CPI na Petrobras ao alegar
não ter contas no exterior.
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