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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Universitário gay é assassinado no campus da UFRJ


O estudante de arquitetura Diego Vieira Machado, 24 anos, foi encontrado morto, no início da noite deste sábado, em uma área de mata perto do alojamento da universidade, no campus da Ilha do Fundão. O jovem havia sido visto pela última vez dentro do prédio onde moram os alunos por volta das 9h da manhã do dia de ontem. O corpo foi encontrado por volta das 18h sem as calças e em posição de luta, com marcas de agressão na cabeça. Amigos da vítima suspeitam que o crime foi motivado por homofobia. Diego era natural de Ananindeua, no Pará e estava no Rio desde 2012. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios (DH). O corpo foi removido por volta das 23h após o trabalho de perícia da equipe da DH. A reportagem apurou que testemunhas viram um homem branco, sem camisa, com a roupa manchada de sangue e arranhões pelo corpo tomar o ônibus da linha 485 por volta do meio-dia do sábado, depois do desaparecimento do jovem. De acordo com a Polícia Civil, câmeras de segurança da região e da empresa de ônibus serão solicitadas para ajudar na elucidação do caso. Segundo estudantes da universidade, é comum o uso da área de mata no campus para encontros sexuais e, há um mês, houve um caso de estupro contra um rapaz também aluno da instituição. Amiga do jovem, Pérola Gonçalves acredita que o rapaz foi mais uma vítima de crimes de homofobia no estado. “Não é o primeiro caso de agressão desse tipo na UFRJ. Não sei dar detalhes, mas um outro menino gay e negro foi violentado nesse matagal”, contou. Ela suspeita que o homicídio possa ter sido cometido por mais de uma pessoa. “O problema maior é que o Diego era um cara muito forte, lutou judô e treinava kung fu. É difícil pensar que uma pessoa só tenha feito isso”, comentou. O universitário era formado em Letras e tinha a intenção de trancar a faculdade de arquitetura e iniciar o curso de Comunicação Social. “Ele era um artista. Eu dizia para ele que era o Leonardo da Vinci do século XXI. As poesias dele me faziam chorar. As pinturas dele são vibrantes. Fazia cadeiras, mesas, muita coisa. Eu e ele estávamos fazendo uma série de cadernos para vender”, lembrou a amiga. O traslado do corpo de Diego para a cidade de Ananindeua, onde mora a família da vítima, será organizado pela UFRJ. Equipe de psicólogos do programa Rio Sem Homofobia, do governo do estado, vai oferecer apoio psicológico aos amigos. (O Dia)

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