Ainda segundo a Folha, o levantamento também identificou um alto e
crescente desejo de mudança. Agora, 72% querem que as ações do próximo
presidente sejam diferentes das de Dilma. O índice é parecido com o de
2002, sob o governo Fernando Henrique Cardoso, quando o então
oposicionista Lula venceu sua primeira eleição presidencial. O problema
de Aécio e Campos é que eles não são identificados como os mais
preparados para a mudança. Para 32%, Lula é o mais apto para mudar. Para
17%, Marina. Aécio, o principal líder da oposição no Senado, é citado
por apenas 13%. Campos obtém 7%. Até Dilma atinge índice maior, 16%.
O cenário com Dilma, Aécio, Campos e os nanicos mostra ainda acentuadas
diferenças regionais. No Nordeste, Dilma alcança 54%. Na região Sudeste,
ela tem 29%. Em dois segmentos, Aécio aparece liderando a disputa, com
Dilma em segundo lugar. Ocorre entre as pessoas com renda familiar acima
de dez salários mínimos (34% a 20% para o tucano) e entre os eleitores
que têm nível superior de escolaridade (25% a 22%). A essa altura da
competição, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos tem uma
desvantagem em relação aos rivais que, do ponto de vista da propaganda,
ainda pode ser vista como uma vantagem. Ele é o menos conhecido dos
postulantes: 42% dizem não conhecê-lo.
Se isso faz com que suas intenções de voto sejam menores hoje, faz
também com que ele seja visto no meio político como o candidato com
maior potencial de crescimento. Com recursos e algum tempo de TV, tornar
alguém conhecido é mais fácil do que remodelar a imagem desgastada de
alguém já conhecido. O Datafolha fez 2.637 entrevistas em 162
municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A
pesquisa está registrada na Justiça eleitoral com o código BR
00064/2014.
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