Desconfiavam deles, e agora eles nos surpreendem
Na
primeira sessão legislativa de 2011, uma quinta-feira à tarde, Romário,
eleito deputado federal pelo PSB, foi flagrado jogando futevôlei na
praia da Barra da Tijuca, no Rio. O mundo lhe caiu em cima, com críticas
de todo lado. Dois anos se passaram e o ex-jogador não só se tornou um
dos parlamentares mais assíduos, como também integra o seleto grupo de
novatos que se têm destacado positivamente em um Congresso de velhas
raposas. A seu lado, Tiririca, o “palhaço”, e Jean Wyllys, o “ex-BBB”,
além do senador Randolfe Rodrigues, um político do “longínquo” Amapá,
surpreendem o País ao exercer o mandato de forma produtiva e cidadã,
enquanto outros atraem repulsa.
Romário mostra certa irritação ao
Falar do episódio do futevôlei,
considera-o injustamente explorado porque assinara presença antes de
viajar, embora admita que nem ele mesmo soubesse do prazer proporcionado
por ser deputado. Nos primeiros 15 dias, conta, chegou a se decepcionar
um pouco, sentindo-se como um peixe fora d’água, ou melhor, como o
Peixe, seu apelido no futebol. Com o tempo, foi “pegando o jeito”,
principalmente nos trabalhos nas comissões. Começou a ser olhado com
mais simpatia pela mídia quando demonstrou dedicação a projetos voltados
às pessoas com deficiência, inspirado pela filhinha Ivy, de 7 anos, que
tem síndrome de Down.
Obviamente, Romário tem tudo para se destacar como presidente da
Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, que acaba de assumir. “Uma das
minhas principais bandeiras como parlamentar é moralizar o futebol em
geral através da Copa”, diz o ex-camisa 11 da Seleção Brasileira,
tetracampeão do mundo em 1994.
*Leia matéria completa na Edição 744 de CartaCapital, já nas bancas
Nenhum comentário:
Postar um comentário