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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Vila Isabel samba o 'caminho da roça' e é campeã do carnaval do Rio

Vida no interior e no campo foi o tema do desfile da vencedora.
Durante apuração, escola perdeu liderança para Tijuca, mas se recuperou.

Do G1 Rio
Resultado final carnaval Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)
A escola de samba Unidos de Vila Isabel é a campeã do carnaval do Grupo Especal do Rio em 2013. A agremiação foi a vencedora com o samba-enredo "A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um", em que trouxe a vida do campo para a Marquês de Sapucaí (veja abaixo os vídeos do desfile).
"Um samba-enredo dessa categoria tinha que sair consagrado, tinha que sair com esse título", comemorou o presidente Wilsinho. O último título da Vila Isabel havia sido em 2006.
Durante a apuração, na tarde desta quarta-feira (13), a escola abriu vantagem desde o segundo critério, conjunto, e não saiu mais da dianteira. Sua primeira nota abaixo de 10 foi no quarto quesito, enredo. No sétimo quesito, bateria, no entanto, a Unidos da Tijuca, que passou à dianteira. No oitavo quesito, samba-enredo, no entanto, essa agremiação perdeu três décimos, o que permitiu a recuperação da Vila Isabel.
No resultado final, a Beija Flor ficou em segundo lugar, seguida de Unidos da Tijuca, Imperatriz Leopoldinense, Salgueiro e Grande Rio. São estas as escolas que farão o Desfile das Campeãs. Ao ficar em 12º lugar, a Inocentes acabou rebaixada.
A Mangueira, que inovou ao levar para a Sapucaí duas baterias que se alternavam, perdeu seis décimos da nota por causa de atraso, também causado por problemas em carros alegóricos. Cada minuto de atraso retirou um décimo da nota da escola, que já começou a apuração com chances reduzidas.
A apuração ocorreu sob forte calor. Segundo o Alerta Rio, a estação meteorológica de São Cristóvão, a mais próxima do Sambódromo, marcava 35,8 graus pouco antes das 16h, quando começou a leitura das notas.
Veja abaixo como foi o desfile da campeã
A Vila Isabel retratou hábitos simples do povo do interior e do campo, como a moda de viola, as visitas do “cumpadi”, as festas no arraiá e as procissões. Última a desfilar, a escola entrou na avenida às 4h34. No final, às 5h55, o grito de "é campeã" ecoou das arquibancadas.
(VÍDEOS AO LADO: Comissão de frente; samba-enredo; carro abre-alas; bateria; Quitéria Chagas fala do desfile; Martinho da Vila, destaque em carro; Sabrina Sato, rainha de bateria)
A Vila transformou a passarela do samba em caminho da roça por meio de imagens identificadas com a vida no interior. A bateria batucou fantasiada de espantalhos e a ala das baianas rodopiou com roupas de joaninhas.
Alas emulando galos, gafanhotos, plantas devoradas por pragas, formigas, verduras, legumes e flores também levaram um pouco de ar puro para a avenida.
O enredo "A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um" foi desenvolvido com 3.700 componentes, espalhados em 31 alas. Para contar seus “causos”, a escola contou com sete caros e dois tripés.
Martinho da Vila festejou seu aniversário de 75 anos no desfile. O sambista veio no carro "Os cumpadres chegaram", sobre a casa rural, com direito a fogão de lenha e animais no quintal. A intenção foi simbolizar o lado hospitaleiro do povo da roça. O samba de Martinho, Arlindo Cruz, André Diniz, Tunico da Vila e Leonel foi defendido pelo intérprete Tinga. Arlindo e Tunico, filho de Martinho, vieram no carro de som.
O posto de rainha da bateria foi da apresentadora paulista Sabrina Sato. "Acho o enredo muito importante, o trabalhador do campo é a alma do Brasil. Isso representa a dignidade do brasileiro", disse Sabrina. "É uma homenagem merecida aos trabalhadores brasileiros", completou a musa.
O desfile começou com a apresentação da terra do agricultor, do despertar quando o homem vai para o campo. Ele veio representado na frente da escola, protegendo sua plantação. O enorme carro abre-alas "O planeta Terra e o Sol" simbolizou o trabalho duro e o sol forte, importantes para uma boa colheita.
A bateria, fantasiada de espantalho, foi comandada pelos mestres Paulinho e Wallan. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, também apareceu fantasiado como espantalhos.
A comissão de frente, que há cinco anos é coreografada pelo bailarino do Theatro Municipal Marcelo Misailidis, mostrou a importância dos caixotes, que ajudam no transporte das riquezas do campo para cidade. Ela teve quatro cenas diferentes: uma igreja, o caixote cheio de alimentos, bailarinos em um recipiente de lama e um inseto no alimento.

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