Justiça animal
O
caso de Dalva Lina da Silva, suspeita de matar ao menos 33 gatos e
quatro cães por meio de injeção letal no coração e no pulmão, no ano
passado, em São Paulo, poderá ser denunciado como crime de formação de
quadrilha. A promotora Vânia Tuglio encontrou indícios de que ela teria
sido ajudada por uma mulher -que, por sua vez, teria conseguido a
substância fatal com um veterinário. A pena para maus-tratos a animais
varia de três meses a um ano de prisão. Os corpos foram encontrados há
um ano em sacos de lixos próximos à casa de Dalva, na Vila Mariana.
Filhotes eram maioria. Segundo o advogado Martim Lopes Martines, "ela
pegava animais debilitados para reabilitá-los e dar a pessoas que
gostavam de cuidar". Ele diz que sua cliente sacrificou seis bichos "sem
condição de recuperação", usando anestesia. Martines afirma que Dalva
não cuida mais de animais. E que 15 bichos "vacinados, bonitos" foram
tirados dela. A Anda (Agência de Notícias de Direitos Animais) lança
hoje, em seu site, um abaixo-assinado a ser encaminhado para o
governador Geraldo Alckmin pedindo a criação de delegacias
especializadas. A motivação foi "a morosidade do processo do caso
Dalva". A agência calcula que, em dez anos, ela teria matado milhares de
animais. Para a promotora Vânia Tuglio, é uma "certeza moral", sem
"prova técnica". (Mônica Bergamo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário