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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"São necessários dez minutos para percorrer peça de metal que se formou"

Repórter do iG relata cenário da rodovia Imigrantes, em São Paulo, depois do megaengavetamento envolvendo cerca de 300 veículos

Fernanda Simas, iG São Paulo | 15/09/2011 20:53

"Uma coluna de aço, borracha e ferro se estende ininterruptamente pela Imigrantes, onde aconteceu o maior engavetamento da história da rodovia, na tarde desta quinta-feira, em São Paulo. São dez minutos a pé para percorrer o trecho de carros espremidos entre caminhões e pedaços de ferro. Não há brecha entre os veículos e é impossível saber onde começa a frente de um caminhão, a traseira de um carro, o que é uma porta, um bagageiro. Há apenas uma única peça gigante e mal cheirosa. O cenário é de caos.

Logo que cheguei ao quilômetro 41, à tarde, senti o cheiro de borracha queimada. Foi a primeira – e imediata – sensação desagradável. Na medida em que o tempo passou, o cheiro dominante é o de diesel. Parece que estou dentro de uma garagem gigante e todos os carros estão ligados. Por mais que o vento frio, que torna os 10ºC ainda mais gelados, sopre ao longo deste megaengavetamento, o cheiro não vai embora. Ele impregnou as roupas e o cabelo.

Por causa da neblina, não consigo enxergar um metro à minha frente, embora as dezenas de veículos da polícia, dos bombeiros e do resgate estejam com a luz bem acesa. Para piorar, os olhos lacrimejam com a neblina espessa. Mal dá para identificar quem vem do outro lado da pista ou quem está bem perto. Só é possível distinguir um carro prensado num caminhão quando se chega muito perto.

Há muito barulho aqui: barulho dos carros trabalhando, dos guinchos, das sirenes, os caminhões sendo arrastados, o barulho que surge do atrito de metal. É como estar no meio de uma obra. Mas o trabalho meticuloso é das equipes de resgate que tentam desmontar a impressionantel peça de metal formada ao longo da rodovia."

Equipes trabalham no início da noite de quinta-feira (15) na retirada de veículos -

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