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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ameaçados pela crise, bancos globais cortam 50 mil vagas

Bank of America vai eliminar 3,5 mil empregos. Mas HSBC, Lloyds, Credit Suisse e BNY Mellon já anunciaram programas semelhantes

Foto: Getty Images Ampliar

Prédio do Bank of America em São Francisco, Califórnia (EUA)

Não são apenas os governos dos Estados Unidos e de alguns países da Europa que estão na berlinda nesse novo momento de estresse no mercado financeiro internacional. Nas últimas semanas, as ações de bancos estiveram entre as que mais caíram, com investidores preocupados com uma contaminação das situações fiscais soberanas nas contas das principais instituições financeiras globais.

Preocupados com resultados futuros, bancos globais anunciaram nas últimas semanas cortes de nada menos que 50 mil empregos. Hoje foi a vez do Bank of America (BofA) divulgar sua intenção de eliminar 3,5 mil empregos. Citando fontes ouvidas pelo Wall Street Journal, a Reuters informa que as demissões podem chegar a 10 mil funcionários, para um banco que possui 280 mil pessoas em seus quadros.

O BofA não foi o primeiro. No começo deste mês, o HSBC anunciou o corte de nada menos que 30 mil vagas até o final de 2013, ou quase 10% do quadro de funcionários. O Loyds Banking Group pretende eliminar 14% de sua força de trabalho, cortando 15 mil empregos. A medida faz parte de um plano de cortar custos de até 1,5 bilhão de libras (R$ 4 bilhões) por ano até 2014, disse a BBC.

No final de julho, o Credit Suisse anunciou o corte de 2 mil empregos depois que uma performance fraca em corretagem e o fortalecimento do franco suíço atingiram os resultados do segundo trimestre. O número equivale a 4% de sua força de trabalho. Já no último dia 10 de agosto, foi a vez do BNY Mellon falar em cortes de 3% de sua força, ou 1,5 mil vagas. Segundo o banco, apesar de as receitas terem crescido nos últimos trimestres, os custos estão aumentando de maneira muito mais rápida.

Ontem, com os mercados voltando a ter fortes baixas, as ações de bancos tiveram alguns dos declínios mais acentuados do dia. Em Londres, o Barclays perdeu 12%. O Société Générale recuou 12% em Paris e o Dexia caiu 14% em Bruxelas, mesmo depois da introdução de restrições às vendas a descoberto nessas duas praças.

Brasil

No Brasil, por enquanto, não há anúncios de demissões nos grandes bancos. As ações também não estão entre as maiores baixas do Ibovespa. Em agosto, até ontem, o índice caiu 6,4%. As maiores baixas ficaram com Marfrig (-40%), ALL (-20%) e Fibria (-17,4%). O primeiro banco que aparece com maior queda é Itaú, na trigésima colocação, com -7,3%. O banco é seguido por sua holding, Itaúsa, com -7,1%. Os demais bancos registram, todos, performances melhores que o índice em agosto.

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