VIDA+MED DIRETOR PRESIDENTE ORLEANS DANTAS

VIDA+MED DIRETOR PRESIDENTE ORLEANS DANTAS
ITABUNA-BA

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Brasil terá 439 shoppings centers até o fim de 2011

A indústria de shopping centers aumenta a velocidade de sua expansão no Brasil ao sabor da maré mais favorável já vivida pelo setor. Após a inauguração de quatro grandes shoppings no primeiro semestre, outros 12 abrirão as portas até o fim do ano. Em 2011, serão pelo menos mais 29 shoppings, totalizando 439 em todo o País. Atualmente, há 396 empreendimentos desse tipo. A conta é da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), que só considera empreendimentos com mais de 5 mil metros quadrados de área locável. Incluindo shoppings menores, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) prevê que o País fechará 2010 com mais de 750 centros em funcionamento e ganhará outros 200 até 2015, ou seja, 40 por ano. O principal impulso do movimento vem da explosão de consumo provocada pela alta do crédito e da renda do brasileiro, que resistiu à crise e tem ajudado as vendas dos shoppings crescerem acima do comércio em geral. Em 2009, o varejo cresceu 5,9%. Os shoppings tiveram alta nas vendas de 10% e faturamento de R$ 71 bilhões. Para 2010, a previsão é de alta de 12%. MUSCULATURA – Não são apenas os consumidores que estão de bolso cheio. Outro fator que influencia o investimento em novos shoppings é a musculatura financeira que as administradoras de shoppings alcançaram no mercado de capitais. Os principais grupos brasileiros abriram capital nos últimos anos e arrecadaram mais de R$ 4 bilhões na bolsa. "O crescimento atual é o dobro da média dos últimos cinco anos, o que mostra a pujança do setor”, diz Nabil Sahyoun, presidente da Alshop. “Depois que abriram capital, as empresas ficaram com caixa, estocaram terrenos e estão com todas as condições para os investimentos.” Só a Multiplan, uma das primeiras empresas do setor a ir à Bolsa, tem plano de investimentos de R$ 1,3 bilhão até 2012 para erguer seis novos shoppings e ampliar dois de seu atual portfólio de 13. Boa parte do orçamento vem dos quase R$ 800 milhões gerados em 2009 pelo aumento de 25% para 36,9% do capital negociado em bolsa. As ações já valorizaram mais de 30%. A BR Malls, que tem participações em 35 shoppings, iniciou o ano com R$ 1 bilhão em caixa para aquisições. Na semana passada, ampliou a participação no Minas Shopping, de Belo Horizonte. A empresa investe R$ 383,6 milhões na expansão de sete shoppings e participa de outros cinco projetos. O Grupo Iguatemi, que em março inaugurou um shopping em Brasília, tem cinco projetos, de R$ 790 milhões. A Aliansce fez em janeiro sua primeira oferta de ações. Captou R$ 450 milhões, elevando o capital social para R$ 916,3 milhões. Até agora, as ações valorizaram quase 30%. A empresa abre este ano um shopping em Belo Horizonte e tem planos para outros em cidades como Belém (PA) e Maceió (AL). Além da capitalização das empresas, a indústria de shoppings se beneficia do bom momento da construção civil - com construtoras interessadas em se associar aos empreendimentos -, e da nova lei do inquilinato, que dá mais garantia à rentabilidade. Contam também a favor o fato de os shoppings serem vistos como opção de lazer e por oferecerem segurança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário