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ITABUNA-BA

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Enchente de 1914"

Enchente de 1914 provocou desespero nos moradores
de Itabuna, indefesos diante do avanço das águas. Desde os primórdios de janeiro de 1914 as chuvas caíam torrencialmente sobre a cidade. Com o céu carregado, a chuva desabava sobre o município sem tréguas. Os elementos em fúria como que se combinavam para castigar, por algum motivo, Itabuna.
As águas do rio foram-se avolumando, recebendo água dos riachos, ribeirões e seus afluentes, crescendo até começar a invadir a vila. De princípio invadiu as ruas Sete de Setembro, Laranjeiras, Areia, Estrada de Ferro, Praça Adami, Miguel Calmon, J. J. Seabra (hoje Avenida do Cinqüentenário).
O rio ia levando as casas da rua da Jaqueira, troncos enormes de árvores, animais, galináceos, armazéns de cacau, barcaças, tudo o que encontrava pela frente. O desastre obrigou a população ao êxodo. O comércio mudou-se totalmente para a praça da Boa Vista, rua do Lopes e do Cemitério.
Na praça Adami as águas subiram a três metros de altura. A população aflita correu aos lugares altos a procura de abrigo, enquanto a água atingia tudo. Na ponte que liga o centro ao bairro de Taboquinhas as águas subiram a três metros de altura do lastro.
Os gêneros de primeira necessidade subiram a preços inacreditáveis. A estrada de ferro, há pouco inaugurada, foi destruída no trecho de Lavapés a Ilhéus.
Os gêneros para o consumo da população tiveram que ser conduzidos em animais, via Banco-Barro-Vermelho e Preguiças, porque o rio havia destruído as estradas e as pontes, ficando a antiga estrada do banco também destruída.

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