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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Salvador !!

Sucom faz operação na Suburbana para disciplinar os ferros-velhos


Presença de sucatas espalhadas pela calçada atrapalha o tráfego de pedestres em trecho do subúrbioA prefeitura de Salvador pretende mudar uma cena que já faz parte da paisagem da Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana). Uma ação conjunta envolvendo cinco órgãos municipais e com apoio da Polícia Militar, vai fazer a retirada de sucatas que ficam dispostas nas calçadas e ruas transversais da avenida, no trecho Plataforma-Lobato, sentido Centro. A operação, batizada de Operação Choque de Ordem, está marcada para esta segunda-feira, 14, a partir das 9 horas.
A ação vai contar com a participação de profissionais da Superintendência do Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp), Transalvador, Limpurb e da Guarda Municipal. Fiscais da Sucom estiveram na região no último dia 9 e emitiram sete notificações, a maioria delas para remoção de carcaças. Apenas uma foi referente à apresentação de alvará oficial de funcionamento.
“Esta é uma proposta mais educativa que punitiva”, definiu o superintendente da Sucom, Cláudio Silva. Segundo ele, a intenção não é simplesmente apreender material, mas orientar os proprietários de sucatas para que tenham seus estoques do tamanho de sua capacidade de carregamento, e assim evitar que os restos de carros fiquem dispostos nas calçadas, causando transtornos a moradores e transeuntes. “Há casos de ruas que estão obstruídas por causa da sucata espalhada”, observou.

Silva informa que “somente se for necessário” será feita a remoção do material. Caso isso aconteça, conta, a carga será guardada em um galpão da Limpurb e os proprietários poderão retirá-la sem qualquer custo. “Isso chega a ser questão de saúde pública porque as sucatas acabam sendo focos de ratos e do mosquito da dengue”, disse. “Uma cidade que quer se preparar para receber a Copa do Mundo e ser sede das Olimpíadas tem que começar a se educar para isso”, disse.
Costume – Quem mora ou passa pela Suburbana já se acostumou a ver sucatas do que já foram veículos espalhados pela calçada. É o que pensa a costureira Clementina dos Santos, 79 anos, que mora na avenida desde 1983. Ela conta que naquela época já havia gente que trabalhava com sucata na região, mas, segundo ela, a quantidade aumentou muito nos últimos anos.
Dona Clementina mora no trecho onde a situação é mais crítica. Na região do Lobato há uma concentração de pequenas oficinas mecânicas e ferros-velhos, que “derramam“ seus estoques de restos de carros pela calçada. “Já virou um costume deixar carro por aí, meu filho. A gente não pode fazer nada porque é o trabalho deles. Só peço que não coloquem na porta de minha casa”, disse a costureira, que mora entre dois estabelecimentos que armazenam sucata, dentro do galpão e na calçada em frente.
O motorista aposentado Manuel Messias, o “Neco”, 58 anos, reclama que o dono de um ferro velho localizado na esquina entre a avenida e a Rua Nova do Estaleiro, onde ele mora, espalha carros até a porta da sua casa. “Teve um dia que eu não tinha como sair de casa. Quando eu reclamo, ele diz que eu sou o dono da rua, o prefeito. Mas à noite eu fico da varanda só ouvindo o barulho dos ratos entrando e saindo de debaixo dos carros. Isso sem falar da dengue que este ano veio forte”, reclama.
Do pedestre – O mecânico Robson Oliveira conta que os carros ficam espalhado pelas calçada à espera de um cliente que queira comprar um pedaço da chaparia. “Aí, a gente corta o pedaço que ele quer”, conta. Ele garantiu no domingo que ia retirar a sua sucata que estava espalhada pela calçada em frente ao ferro velho onde trabalha. “A calçada é do pedestre”, justificou.

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