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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Economia

Especialistas recomendam cautela para evitar compras por impulso.


Silvia Guimarães admite que não planeja o que vai comprar, mas costuma estipular o quanto vai gastarOs economistas já decretaram: o Natal deste ano será marcado por um aumento no consumo das famílias, impulsionado pela recuperação econômica do País. Mais dinheiro no bolso e produtos mais baratos nas prateleiras com as reduções do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) de móveis, geladeiras, fogões, lavadoras e automóveis. Uma conjuntura favorável às compras e que, por consequência, dá margem ao consumismo.
Para o consultor de finanças pessoais, Francis Brode Hesse, a primeira palavra que deve vir à mente do consumidor no momento das compras é planejamento. “Assim que receber qualquer dinheiro extra, como o pagamento do 13º salário, o consumidor deve se planejar e estimar os gastos e que terá com os presentes e festas de final de ano”, explica.
O doutor em economia pela Universidade de Brasília (UnB), Humberto Veiga, recomenda ao consumidor não extrapolar a previsão do orçamento. E dá dicas para evitar compras por impulso. Antes de ir às compras, o consumidor deve fazer o seguinte: “O primeiro passo é fazer uma lista definindo quem serão os presenteados. Depois, deve-se estabelecer uma média de preço destes presentes. E, por fim, é preciso pesquisar e negociar os preços”, pontua Veiga.
A consultora educacional Silvia Guimarães confessa que não planeja o que vai comprar. Mas, por precaução, estipula um teto do quanto vai gastar. Este ano, vai comprar presentes para cerca de dez pessoas da família, entre marido, filhos e sobrinhos: “Não pode esquecer de ninguém. Sempre tem uma lembrança para todos”, diz.

Bolsos vazios - Além dos cuidados com os gastos no fim de ano, os analistas ressaltam a importância de não empurrar as dívidas para o ano seguinte. Historicamente conhecido como “o mês dos bolsos vazios”, é em janeiro que o consumidor sente os efeitos dos excessos e gastanças do final de ano.
Para completar, é justamente neste mês que o consumidor tem que arcar com um sem-número de gastos extras. Só em relação aos tributos, são cobrados o Imposto Territorial Predial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Lembrando que, se pagos em cota única, o consumidor pode conseguir descontos.
Além dos tributos, despesas extras como a compra de material escolar e viagens podem se tornar uma dor-de-cabeça para o consumidor. Por isso, os especialistas recomendam cautela: “É preciso ter consciência. Não adianta gastar demais no fim do ano, para depois correr atrás para fechar os buracos do orçamento. É melhor ficar no vermelho por um minuto do que no amarelo o resto do ano”, explica Humberto Veiga.

O consultor Francis Brode Hesse também estimula o gasto consciente. “Se sobrar algum dinheiro, é recomendável que se separe uma parte para aplicar na poupança ou num fundo de previdência privada”, pontua.
Aprenda a usar o seu dinheiro extra
1 - Antes de partir para as compras, é importante o consumidor parar e pensar que este dinheiro do 13º salário pode ser o começo de uma faxina financeira.
2 - Por maiores que sejam as facilidades de compra neste momento, é importante observar sua real situação financeira e visualizar projetá-la pelos próximos 12 meses, no mínimo, para ter certeza de que o que for gasto não fará falta.
3 - Você deve relacionar seus gastos normais e os típicos de fim e início de ano, como despesas com viagens, ceias (Natal e virada de ano), IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. A partir deste registro, você saberá quanto dinheiro terá para suas compras de final de ano.
5 - Antes de sair às compras liste as pessoas que irá presentear, o quanto pretende gastar com cada uma, e o que este presente irá agregar para o presenteado.
6 - Pesquise os preços dos produtos em pelo menos cinco lugares, não se esquecendo da internet, que algumas vezes pode ter ofertas interessantes.
7 - Busque o menor preço à vista, negocie, lembre-se que as lojas quase sempre têm margens para negociar. Caso não consiga com o vendedor, chame o gerente da loja.

8 - Evite parcelamentos, principalmente os longos. Em caso da impossibilidade de pagar à vista, faça parcelas curtas e negocie os juros. Não se esqueça que essas parcelas serão somadas com outras já existentes em seu orçamento. É importante ficar atento aos juros e ao custo efetivo total da transação, que pode duplicar.

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