Como funciona o financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida
Linhas de financiamento variam de acordo com a faixa salarial de cada família
Para quem ganha até três salários mínimos
A maior parte dos recursos do programa Minha Casa, Minha Vida vai para famílias que ganham até R$ 1.395 por mês, faixa da população que tem menos oportunidades de conseguir um financiamento para a casa própria.
O governo vai investir até R$ 16 bilhões para baratear a prestação e permitir que 400 mil moradias sejam construídas. O valor mínimo das parcelas é de R$ 50,00 para construção ou compra de casas novas ou usadas.
- Custo com cartório para registrar o imóvel também é zero.
- A prestação será de no mínimo R$ 50,00 e não poderá comprometer mais de 10% da renda da família por 10 anos. Por exemplo: Se o orçamento familiar mensal é de R$ 1.000,00, o comprador terá prestações iniciais de no máximo R$ 100,00.
- A compra da casa pode ser feita sem entrada, mas recursos do FGTS podem ser usados no financiamento.
- A Caixa Econômica Federal é responsável pela análise dos projetos.
- Famílias com portadores de deficiência ou idosos têm prioridade.
- A liberação do financiamento é mais ágil se o imóvel for registrado em nome da mulher.
Para quem ganha de três a seis salários mínimos
Famílias com renda de até R$ 2.790,00 podem dispor de mais recursos do FGTS para a compra da casa própria no valor máximo de R$ 130 mil, com taxas de juros reduzidas, de no máximo 6% ao ano.
Para essa faixa de renda, o governo criou um fundo garantidor para casos de problemas com o pagamento das parcelas e reduziu o valor do seguro do financiamento, além cortar em 90% os custos de cartório para registrar o imóvel. A família não poderá comprometer mais de 20% do orçamento mensal com o negócio.
Conheça detalhes do financiamento e faça a simulação de compra:
- Governo federal investirá R$ 2,5 bilhões; dinheiro do FGTS foi ampliado em R$ 7,5 bilhões. Os valores funcionam como subsídio no pagamento da entrada do financiamento, podendo variar de R$ 13 mil a R$ 23 mil.
- Além da redução do preço do seguro habitacional, o comprador conta com um fundo garantidor, instrumento para refinanciar eventuais dívidas do negócio em caso de perda da renda. Esse fundo renegocia o pagamento de até 36 prestações.
- Taxa de juros entre 5% e 6%.
Quem ganha de seis a dez salários mínimos
Para as famílias nesta faixa de renda (até R$ 4.650,00), o programa Minha Casa, Minha Vida garante redução dos custos do seguro do financiamento e acesso ao fundo garantidor, instrumento que garante a renegociação de dívidas.
Entenda o funcionamento e faça a simulação:
- Redução de 80% dos custos com cartório para registro de imóveis.
- Refinanciamento de parte das prestações em caso de perda da renda, por meio do fundo garantidor. Prestações garantidas: entre 12 e 24.
- Uso dos recursos do FGTS do comprador para pagamento da entrada do financiamento.
- Barateamento do preço do seguro de financiamento habitacional.
Déficit habitacional brasileiro
O governo federal calcula que é necessário construir mais de 7 milhões de domicílios para acabar com o problema da falta de moradia no país. De acordo com a estratégia do programa, os mais de R$ 30 bilhões previstos em investimentos serão distribuídos conforme a renda e a região.
Serviço
É possível fazer a simulação do financiamento, de acordo com sua renda, no site da Caixa.
Pode-se obter informações também pelo telefone 0800-7260101, ligação gratuita de segunda a sexta-feira, exceto feriados nacionais, das 7h às 20h, no portal na Caixa Econômica Federal ou no site do programa Minha Casa, Minha Vida.
Fontes: Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, IBGE e CBIC