por Dante Ferrasoli | Folhapress
Chile, Cuba e África do Sul entraram recentemente na lista dos
países para os quais brasileiros podem viajar a turismo em meio à
pandemia do novo coronavírus. Os três flexibilizaram suas regras neste
mês para aceitar visitantes estrangeiros.
No caso do Chile, um dos destinos internacionais favoritos dos brasileiros, a retomada se dará em duas etapas.
Na primeira, que vale desde segunda (23), o turista que vier de países
onde há transmissão comunitária do coronavírus, caso do Brasil, deve
apresentar exame PCR negativo para coronavírus, feito no máximo 72 horas
antes do embarque, e declaração juramentada de que não tem a doença.
Também precisa mostrar que tem seguro-saúde e cumprir quarentena de 14
dias num endereço definido por ele mesmo.
O monitoramento do viajante é feito por meio de um aplicativo das autoridades sanitárias locais.
Quem chegar ao país andino a partir de 7 de dezembro, porém, não precisará se isolar. Bastarão exame, seguro-saúde e declaração.
Os testes tipo PCR colhem amostras de nariz e garganta para detectar a
presença do vírus, portanto são mais completos do que os feitos na
farmácia, que identificam, a partir do sangue, se há anticorpos para
Covid-19, ou seja, se a pessoa já entrou em contato com o vírus, mas não
se está infectada naquele momento.
A entrada no Chile deve ser feita necessariamente pelo aeroporto de
Santiago. Os outros ainda não recebem voos internacionais, e as
fronteiras terrestres seguem fechadas.
Uma vez dentro do país, o turista pode se locomover para outras regiões,
desde que elas estejam ao menos na fase 3 do programa do governo para a
reabertura. As turísticas Viña del Mar e Valparaíso, o deserto do
Atacama e o Parque Nacional Torres del Paine já podem receber viajantes.
A lista completa está disponível em gob.cl/pasoapaso.
"A reabertura é gradual. Temos vários protocolos para seguir. Primeiro,
começamos com o turismo doméstico. A indústria se preparou muito para
este momento", afirma Andea Wolleter, diretora nacional da Secretaria de
Turismo do Chile.
Ela diz que o país está ansioso para voltar a receber brasileiros. Em 2019, 542 mil turistas do Brasil visitaram o Chile.
"Não será como um ano normal, e os brasileiros costumam vir mais no
inverno, não agora, mas esperamos um número importante", afirma.
Cuba, por sua vez, reabriu para visitantes internacionais no último dia
15. Para poder entrar na ilha, o turista deve apresentar uma declaração
de que não está infectado e fazer um teste tipo PCR no momento do
desembarque. Depois, o visitante precisa ficar isolado, por no máximo 24
horas, até o resultado sair. Se não tiver a doença, está livre para
viajar pela ilha, que recebeu cerca de 40 mil brasileiros em 2019.
Na África do Sul, o presidente Cyril Ramaphosa anunciou no dia 12 que o país reabriria para visitantes de todo o mundo.
Quem for à nação africana deve apresentar teste tipo PCR com resultado
negativo para a doença feito no máximo 72 horas antes do embarque.
Além disso, há controle para identificar possíveis sintomas da Covid-19
nos aeroportos. Caso o viajante apresente algum deles, será obrigado a
fazer outro teste, tendo de arcar com seus custos. Se o exame der
positivo, terá de cumprir quarentena de dez dias num espaço designado
pelo governo, também às suas próprias custas.
Os três países agora engrossam uma lista de quase cem para onde o
brasileiro pode, com mais ou menos restrições, viajar. O número é da
empresa Schultz Vistos, que fez uma pesquisa para o portal de turismo
Panrotas.
A grande maioria requisita testes PCR negativos para coronavírus. México
e Turquia são algumas das exceções: não estão fazendo exigências aos
viajantes.
Alguns dos destinos mais procurados por brasileiros, EUA e países da
Europa ocidental, entretanto, continuam fechados. É possível entrar na
Europa via Reino Unido, mas com quarentena obrigatória. A partir de 15
de dezembro, esse isolamento será de 5 dias. Hoje, é de 14.
A Argentina, por sua vez, passou a aceitar turistas brasileiros neste
mês, desde que estes se comprometam a não sair da Grande Buenos Aires e
apresentem PCR negativo. A partir do Brasil, só se pode entrar via
Ezeiza, aeroporto a 32 quilômetros da capital.
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