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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Pesquisas apontam cenário estável nas corridas por governo e Senado na Bahia


por Fernando Duarte
Pesquisas apontam cenário estável nas corridas por governo e Senado na Bahia
Foto: Ulisses Dumas/ Divulgação
Duas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira (22) mostram que o cenário eleitoral da Bahia mantem certa estabilidade dentro das previsões iniciais de analistas e também dos próprios personagens políticos. Enquanto na disputa pelo governo da Bahia Rui Costa (PT) lidera o processo com margem para vitória ainda em primeiro turno, a corrida pelas duas vagas ao Senado mostra Jaques Wagner (PT) e Irmão Lázaro (PSC) à frente dos adversários.

Rui Costa é franco favorito à reeleição e não é preciso ser repetitivo nesse ponto. Já o caso de José Ronaldo e sua oscilação de 10% entre os dois levantamentos mostra que o democrata pode até ter potencial de crescimento, mas está longe de ser competitivo a ponto de ameaçar o petista. Mesmo com a campanha eleitoral, José Ronaldo é um candidato pesado e para se alavancar terá que fazer muito mais esforço na corrida de 2018.

Os outros candidatos, como esperado, serão totais coadjuvantes no processo. No debate de ontem, da rádio Sociedade FM, ainda que Rui estivesse ausente, ficou evidente que os postulantes ao Palácio de Ondina estão compondo o cenário.

Por mais que João Henrique (PRTB) desacredite o resultado das pesquisas, depois de largar mal posicionado em duas eleições e acabar no Palácio Thomé de Souza, elas trazem alguns recortes da realidade. JH usa esse argumento porque dificilmente terá algum êxito na campanha. O único propósito do ex-prefeito de Salvador é garantir espaço na mídia baiana para fazer campanha para Jair Bolsonaro (PSL) e isso ele até tem cumprido bem o papel.

Célia Sacramento (Rede) também tem propósito similar. O foco da candidatura dela é um palanque para a correligionária Marina Silva e, tal qual João Henrique, não perdeu nenhuma oportunidade de divulgar a chapa nacional do Rede Sustentabilidade.

Já João Santana (MDB) tem feito uma boa defesa da história por trás do MDB. Pena que os museus brasileiros não são valorizados, então na política a história não parece resultar em votos. O emedebista, no entanto, tem levantado temas importantes no debate e é uma figura interessante de acompanhar, tal qual Marcos Mendes (PSOL). Ambos são aqueles que expõem feridas, mesmo que ninguém traga remédios.

SENADO
Se na corrida para o governo está quase tudo clarificado, a disputa pelo Senado promete alguns momentos de emoção para a segunda vaga, como sempre previsto. Wagner tem uma folga expressiva e tudo indica que garantirá a vaga de senador pelo PT. Já os demais estão ligeiramente embolados.

Irmão Lázaro sai na frente, pelo recall como cantor e por ser símbolo dos evangélicos. Porém pode ser alcançado por Jutahy Magalhães Jr. (PSDB) e Angelo Coronel (PSD), este último com a vantagem de ter o PSD a seu favor. Por conta desse prenúncio, Jutahy resistiu por tanto tempo em ter Lázaro como companheiro de chapa.

Não é possível esquecer que, nas últimas três eleições majoritárias, as pesquisas prometiam o contrário do que mostraram as urnas. Porém, até o momento, as eleições na Bahia estão cumprindo bem o script previsto por quem acompanha a cena local. Por mais que não tenhamos dons de vidência, a política pode ser mais previsível do que pensa a maioria das pessoas.

Este texto integra o comentário desta quinta-feira (23) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM, Clube FM e RB FM.

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