Foto: Reprodução/ NBR
O presidente Michel Temer conversou na terça-feira (17) com o
presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, sobre o caso dos três
velejadores brasileiros, dois deles baianos, que foram condenados e
estão presos naquele país, acusados de tráfico de drogas. “O presidente
(Jorge Carlos Fonseca) disse que tem os melhores desejos quanto a isso,
desejo que se faça justiça”, afirmou Temer, que afirmou ter tido cautela
ao abordar o assunto com o colega. “Claro que tomei todas as cautelas
diplomáticas no sentido de dizer que é uma questão que diz respeito à
soberania do estado cabo-verdiano e está na Justiça de Cabo Verde”,
explicou.
Temer está em visita ao país para conferência com líderes de outros
países de língua portuguesa. Sobre o caso dos velejadores, o presidente
ainda deixou claro que se preocupa com a questão e disse a jornalistas
que acredita que o governo brasileiro tem “o dever de patrocinar a
defesa desses brasileiros”.
Entenda caso dos velejadores
Os baianos Rodrigo Dantas e Daniel Dantas e o gaúcho Daniel Guerra estão presos há sete meses na cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente, juntamente com um francês que comandava o veleiro no qual eles chegaram a Cabo Verde.
Os baianos Rodrigo Dantas e Daniel Dantas e o gaúcho Daniel Guerra estão presos há sete meses na cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente, juntamente com um francês que comandava o veleiro no qual eles chegaram a Cabo Verde.
A embarcação em que eles estavam carregava uma tonelada de cocaína,
só descoberta ao chegar ao continente africano. Os tripulantes
embarcaram em Salvador e uma semana depois zarparam do porto de Natal,
no Rio Grande do Norte.
Para o Ministério Público de Cabo Verde, a droga teria sido embarcada
depois que o veleiro deixou Natal, no meio do Oceano Atlântico. No
entanto, uma investigação feita pela Polícia Federal na Bahia apontou o
contrário. Segundo o delegado que comandou o inquérito brasileiro, a
cocaína foi embarcada em Guarapari, no litoral do Espírito Santo. Quando
os tripulantes entraram na embarcação, a carga já estava escondida no
porão.
Apesar do parecer da PF brasileira, o Tribunal de Justiça de São
Vicente, na cidade de Mindelo, condenou os três e o capitão francês
Olivier Thomas a 10 anos de prisão por tráfico internacional de drogas.
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