Foto: Reprodução / Bahia Meio Dia
O quarto gari envolvido na morte do empresário Luciano Rodrigues
Vieira, de 43 anos, admitiu não ter tentado interceder pela vítima, que
foi espancada por outros três garis, na madrugada de sábado (9), no
bairro da Pituba. "Não socorri porque precisava continuar coletando o
lixo", declarou Gerson Amorim Góes, 50, em depoimento à polícia. "A
vítima caiu ao solo, desfalecida, e o pior de tudo: o motorista, que não
agrediu, também participou de toda a ação porque no momento que ele viu
que os colegas estavam agredindo a vítima, não houve a intenção de
apaziguar, separar ou salvar a vítima", afirmou a delegada Maria Selma,
da 16ª Delegacia da Pituba, que está à frente das investigações.
Enquanto ele comandava o caminhão, Fábio do Amor Divino Borges, 35, e os
irmãos Ediney Silva Santos, 26, e Diony Silva Santos, 28, agrediam o
empresário após uma briga de trânsito. Eles foram detidos, nesta
terça-feira (12), após serem identificados com apoio da câmera de
segurança de um prédio que registrou a ação. Segundo informações do
Correio, os acusados alegaram legítima defesa para justificar o crime.
"O empresário estava passando pela calçada quando o caminhão entrou na
rua. O caminhão teria passado muito rente a ele. A vítima, ao ficar
chateada, teria batido no caminhão e reclamado. Os garis que estavam
atrás do carro, na parte traseira, desceram e foram para cima dele,
começando as agressões", acrescentou a delegada. O vídeo compartilhado
pelo jornal mostra o momento em que os três garis descem do veículo e
começam a espancar o empresário. Após a agressão, eles sobem de volta ao
caminhão e deixam o local sem prestar socorro, dando prosseguimento
à coleta. Assista:
Polícia pede prisão de quatro garis pela morte de economista
A delegada Maria Selma, titular da 16ª Delegacia da Pituba, já pediu a
prisão temporaria dos quatro funcinários da Revita, que prestam serviços
de limpeza à Limpurb, pela morte do economista Luciano Rodrigues
Vieira, 43 anos. Segundo a delegada, três deles se apresentaram
espontaneamente, mas, inicialmente, apenas um havia confessado o
crime.Ainda de acordo com a delegada, um dos coletores apontou outros
dois colegas e o motorista como o autores da agressão que terminou na
morte de Luciano. Em depoimento na noite desta segunda-feira (11), eles
alegaram legítima defesa. A Polícia Civil teve acesso às imagens de
câmeras dos prédios da rua onde o crime aconteceu e conseguiu
identificar a briga. Logo depois, os funcionários foram identificados.
Os nomes deles não foram divulgados.
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