O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão do cargo na
manhã desta sexta-feira, 1º. Parente fez o pedido diretamente ao
presidente da República, Michel Temer, com quem está reunido em
Brasília. A companhia confirma a informação em comunicado enviado ao
mercado. “A Petrobras informa que o senhor Pedro Parente pediu demissão
do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um CEO
interino será examinada pelo conselho de administração da Petrobras ao
longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria
executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração”, diz a nota da
estatal. Parente assumiu a presidência da companhia com a missão de
recuperar a empresa que tinha perdido valor de mercado e estava
mergulhada em uma crise profunda ocasionada pela política artificial de
preços adotada durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Na semana
passada, já havia rumores no mercado que o executivo deixaria o cargo.
Parente é contra a interferência governamental na política de preço da
companhia. Com a greve dos caminhoneiros, o governo anunciou a redução
nos preços do óleo diesel. Mesmo com o governo federal assumindo que
reembolsaria a diferença para a empresa, as ações da empresa desabaram
14% depois do anúncio do governo de dar desconto no diesel no dia 28 de
maio. No dia seguinte, os papéis da companhia reagiram. Em
teleconferência com investidores, Parente admitiu que a credibilidade da
companhia foi afetada, mas ressaltou que qualquer medida adotada pelo
governo na área de combustíveis respeitará os conceitos da política de
formação de cotações da petrolífera de controle estatal. A pressão pela
redução de preços por parte dos caminhoneiros e a greve de petroleiros,
que pediam a saída de Parente da companhia, culminaram no pedido de
demissão do executivo. (Veja)
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