Foto: Clodoaldo Ribeiro.
O prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, apresentou a mensagem do Poder Executivo na abertura dos trabalhos legislativos na Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira, na qual elencou as prioridades da atual administração para o ano de 2017. A sessão foi presidida pelo vereador Lukas Paiva e contou com a presença da deputada estadual Ângela Sousa, do vice-prefeito e secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável, José Nazal Soub, e demais secretários municipais.
Ao discursar para a bancada de 19 vereadores, Mário Alexandre garantiu a conclusão das obras em andamento e se comprometeu em lutar pela elaboração de um plano de desenvolvimento sustentável para o município. Entretanto, o maior capítulo da mensagem foi dedicado ao setor de saúde pública, diante das queixas da população e da realidade encontrada pelo prefeito na zona urbana e na zona rural.
O prefeito afirmou que pretende reestruturar o organograma da Secretaria de Saúde e de toda a rede da Atenção Básica do Município, garantindo suprimento de materiais, insumos e equipamentos, além da adequação dos recursos humanos.  “Vamos retomar a reforma e ampliação das unidades básicas de saúde que estão abandonadas com reabertura das salas de vacina nas unidades básicas”, salientou.

DESPOLUIÇÃO DO RIO CACHOEIRA É UMA PRIORIDADE PARA ITABUNA

O projeto de despoluição do rio Cachoeira, uma obra com um custo estimado de R$ 200 milhões, foi discutido pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, Francisco França e pelo presidente da Emasa, Jader Guedes, que estiveram reunidos com o prefeito Fernando Gomes e os engenheiros Francisco Lima, da FH Engenharia Ambiental e Edgar Alves, da Trento Engenharia para retomada de um projeto paralisado no governo passado. Do encontro também participaram o diretor técnico da Emasa, João Bitencourt e o gerente de projetos da empresa Ângelo Lucena, que discutem um projeto prioritário para o governo municipal, ao lado da conclusão da barragem do rio Colônia.

O grupo deverá voltar a se reunir ainda nos próximos dias e o prefeito Fernando Gomes também deve anunciar a criação de uma comissão para estudar uma parceria público privada para implementar o plano municipal de saneamento e solução definitiva do abastecimento de água e de saneamento básico para Itabuna, cidade de 220 mil habitantes. Ele também quer uma alternativa para redução das perdas de água, que hoje é estimada em 55%, quando o ideal seria de apenas 20%, o que vai exigir a substituição da rede de distribuição.

O secretário Francisco França considera que a reunião representa um avanço e serve para definir a retomada de um projeto de esgotamento sanitário que estava inexplicavelmente engavetado. A ideia segundo ele é atrair investimentos da área federal para o tratamento de todo o esgoto de Itabuna e que hoje é drenado para o Cachoeira, contemplando inclusive áreas densamente povoadas como os bairros da Califórnia e de Fátima.

O presidente da Emasa, Jade Guedes lamentou que o projeto estivesse paralisado há quatro anos, lembrando que se ele estivesse concluído o município já poderia contratar recursos para a sua execução, com um custo estimado de R$ 200 milhões junto ao Ministério das Cidades. “O governo municipal ainda deixou uma dívida de R$ 40 mil com a empresa responsável pela elaboração do projeto técnico, o que é uma irresponsabilidade”, finalizou.