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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Vocalista do grupo ‘Sertanília’ é agredida por taxista no Rio Vermelho


por Jamile Amine
Vocalista do grupo ‘Sertanília’ é agredida por taxista no Rio Vermelho
Foto: Divulgação
A vocalista do grupo “Sertanília”, Aiace Felix, foi agredida por um taxista, com três socos, ao sair de uma festa no Rio Vermelho, neste domingo (3). Nas redes sociais, a artista contou que estava com a irmã e uma amiga, caminhando em direção ao Largo da Mariquita, por volta das 5h30, quando o agressor, que estava parado na fila de táxi em frente a Commons, assediou sua irmã. “Quando fui pedir por respeito, embora seja óbvio que ele é meu por direito, o taxista se sentiu incomodado por eu tê-lo confrontado e me respondeu de forma bem agressiva reiterando o assédio”, contou Aiace, relatando ainda que seguiu andando, “quando ele deu uma ré super brusca tentando atropelar a mim e as meninas. Um rapaz que passava na hora me puxou e evitou que algo mais grave acontecesse. Não satisfeito, o taxista saiu do carro, veio na minha direção e me deu 3 socos no rosto, atingindo meu olho direito, minha boca e o ombro/pescoço. Como resultado, ganhei uma lesão na córnea e alguns hematomas pelo corpo”.
 

Artista sofreu lesão na córnea em decorrência dos três socos desferidos pelo motorista de taxi | Foto: Reprodução / Facebook

A cantora disse ainda que teve dificuldade para encontrar atendimento. “A partir daí iniciamos uma saga buscando atendimento. Não sabíamos se seguíamos pra Delegacia da Mulher, que de início parecia o caminho mais certo, onde teoricamente poderia ser melhor assistida e acolhida. Só que não... Ao chegar por lá fomos atendidas por uma senhora super mau humorada e sem muito trato pra acolher uma vítima de agressão. Ela nos informou que lá só poderiam ser acolhidos casos em que a vítima tivesse alguma relação com seu agressor. Então quer dizer: eu sou mulher, sofro uma agressão por ser mulher, mas não posso ser acolhida na delegacia da mulher?!!!”, indagou Aiace, que registou a ocorrência em uma delegacia comum, onde recebeu os primeiros socorros. Apesar da violência, a artista destacou os malefícios do “machismo, burocracia, preconceito, despreparo” e garantiu que não vai se calar. “Nós somos vítimas desse sistema falocêntrico há anos. Eu não fui a primeira vítima do machismo, mas espero muito que estejamos mais próximas de ver a última. Eles não vão nos calar!! Juntas somos muito mais fortes e não somos obrigadas a nada que a gente não queira! Não sou propriedade de ninguém e não vou aceitar calada. E se pra isso eu tiver que apanhar mais mil vezes, pode vir que eu aguento!”, escreveu.

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