por Alexandre Galvão
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmar que os atos do Conselho de Ética – que, nesta terça-feira (15), acatou a admissibilidade do processo contra ele – são nulos (veja aqui), o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), diz que “não vê razão” para isso. “Não tem razão de ser nulo. Está tudo dentro do regimento. Ele (Cunha) está usando a presidência em proveito próprio”, acusou, em entrevista ao Bahia Notícias, nesta terça. Araújo respondeu ainda as acusações de que suas ações são feitas com base na sua proximidade com o ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. “Eu conheço Wagner, sim, mas só por conta de ele ter sido governador da Bahia. Não tenho ligação com ele”, defendeu-se. O presidente do Conselho de Ética negou ainda ter culpa do processo contra Cunha andar na Casa (saiba mais aqui). “Que culpa tenho eu se todo relator que entra é contra ele? Tiraram o relator arbitrariamente, o outro relator que entrou também acompanhou a linha do primeiro e aí aconteceu o que aconteceu”, relatou. Se Cunha acredita ser “normal” a Polícia Federal fazer uma operação de busca e apreensão em suas residências (leia aqui), o baiano vê isso como “o fim do mundo”. “Não considero normal. Para mim, é o fim do mundo a PF bater na porta de um presidente de poder. Até o celular dele foi levado”, ressaltou.
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