Implantado com o objetivo de melhorar o processo de alfabetização dos alunos matriculadas nas escolas municipais que apresentam distorção na relação idade e série (ciclo), o Programa de Correção de Fluxo teve avaliação positiva da equipe técnica da Secretaria de Educação e foi considerado uma ferramenta eficiente para o aprendizado. Desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação e o Grupo de Estudos em Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa), o programa incorpora novos métodos e recursos tecnológicos à prática didático-pedagógica na perspectiva de elevar os níveis de alfabetização dos alunos da Rede Pública Municipal de Ensino de Itabuna.
Mostra Literária reuniu estudantes da rede e do Geempa
Desenvolvido desde 2013 e envolvendo a participação de 26 alfabetizadores, o Geempa já conseguiu alfabetizar, num prazo de 70 dias de aulas, 60% dos 647 alunos que foram assistidos em 21 escolas, alcançando, na avaliação da Secretaria da Educação, índices satisfatórios em relação ao domínio das técnicas de leitura, de escrita e operações matemáticas. Por conta do sistema de Ciclos de Formação Humana adotado na Escola Grapiúna, que prevê a aprovação automática, muitos alunos mesmo tendo avançado em relação aos anos iniciais do Ensino Fundamental apresentavam sérias distorções em relação à aprendizagem.
O Grupo de Estudos em Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação é um programa do governo federal que oferece formação para professores da rede municipal com vista ao desenvolvimento de atividades de alfabetização para alunos não alfabetizados ou com dificuldades na alfabetização. Neste ano as atividades do Geempa começaram em abril do ano passado, com a participação dos alfabetizadores itabunenses num curso inicial realizado na cidade de Candeias. Em novembro houve uma Mostra Literária, na Praça Olintho Leone.
De acordo com a coordenadora do Geempa em Itabuna, Janaina Menezes, a partir da formação inicial, foram realizadas as aulas-entrevistas para elaboração do diagnóstico situacional, identificando o nível de leitura e escrita dos alunos. "Ao concluirmos no último mês de dezembro mais um ciclo de atividades, avaliando os alunos, ouvindo os gestores e as comunidades escolares assistidas, chegamos à conclusão de que o programa tem contribuído significativamente para a alfabetização de alunos com alguns anos de escolaridade, bem como com a mudança de comportamento na escola", finalizou.
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