- Luana durante apresentação em Sorocaba (SP) em maio deste ano
A atriz e produtora cultural Luana Barbosa, 25, morreu após ser baleada
por um policial militar na manhã desta sexta-feira (27) no bairro Vila
Formosa, em Presidente Prudente (558 km de São Paulo). Ela estava na
garupa da moto dirigida pelo namorado, o músico Felipe Barros, 29, e foi
atingida por um disparo no tórax depois que ele não parou no bloqueio
policial.
Luana foi levada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros
até um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos. O policial
militar, o cabo Marcelo Coelho, 43, foi atuado em flagrante e foi levado
ao presídio Romão Gomes, na zona norte da capital paulista, já que o
protocolo de atuação da PM não prevê o disparo em situações deste tipo.
Também foi aberto um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar as
circunstâncias e motivos que envolveram a morte.
Segundo
informações do jornal "iFronteira", de Presidente Prudente, o policial
disse, em depoimento à Polícia Civil, que o músico desviou de um
primeiro PM que lhe pediu para parar. Em seguida, de acordo com a versão
do PM, o músico teria jogado a moto contra ele fazendo com que o
capacete atingisse a mão do cabo. O choque teria provocado um disparo
acidental.
O músico disse à Polícia Civil que não parou no
bloqueio por estar com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
suspensa, de acordo com o jornal. Ele negou que tenha jogado a moto
contra o cabo.
Luana atuava como atriz e produtora cultural na
Federação Prudentina de Teatro e Artes Integradas e participava do grupo
"Os Mamatchas", que faz apresentações de circo e teatro de rua. Ela
havia completado 25 anos na última quinta-feira (26).
Ampliar
EUA
- Com uma hierarquia mais enxuta que a brasileira, a polícia
norte-americana tem caráter civil e sua área de atuação é municipal. De
acordo com José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da PM de São
Paulo e professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM-SP, é
comum pequenas cidades formarem uma espécie de consórcio com o objetivo
de diminuir os gastos com policiamento Yana Paskova / The New York Times
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