Segurança reforçada para visita do Papa
Uma metrópole acuada pelo vandalismo aguarda 2
milhões de fiéis do mundo inteiro e um Papa que, pela primeira vez em décadas,
dispensa até a blindagem do papamóvel. A equação agita governo e autoridades de
segurança do Rio de Janeiro, cidade que na segunda-feira recebe a Jornada
Mundial da Juventude em estado de alerta. Embora a sucessão de protestos já não
seja novidade no Brasil, o resultado das manifestações da última quarta-feira
derramou tensão sobre a organização do evento. Saques e quebra-quebras se
espalharam pela zona sul carioca, promovendo uma maratona de destruição com
pedradas e bombas caseiras. Uma policial foi atingida nas costas por um coquetel
molotov, dezenas de manifestantes acabaram feridos e, na manhã de ontem, mais de
500 paralelepípedos se amontoavam sobre as calçadas. Após uma reunião de
emergência com o governador Sérgio Cabral, o secretário de Segurança do Rio,
José Mariano Beltrame, garantiu à imprensa que a cidade está preparada para
receber o papa Francisco – falou sobre o ostensivo aparato militar que tomará as
ruas do Rio na próxima semana, mas reconheceu limitações na atuação policial. –
Estamos aprendendo nesse processo, mas não existe protocolo no mundo para atuar
com turba – avaliou Beltrame.
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