Mapeamento da Secretaria de Promoção Social e
Combate à Pobreza (Semps) indica que a maioria das crianças e adolescentes que
consomem a droga _ assim como os usuários de todas as faixas etárias – está
concentrada onde o dinheiro circula. “Para alimentar o vício, é a forma que elas
encontram, na abordagem dos turistas ou em bairros nobres”, de acordo com a
coordenadora da Proteção Social Especial da Semps, Dinsjani Pereira, que indica
o Centro Antigo como área de maior concentração. Para o secretário Maurício
Trindade, o maior problema da cidade é o enorme contingente de moradores de rua
que perambulam pela cidade. Um grave problema social, que nos últimos anos
ninguém quis saber. “40% dos moradores de rua usam crack ou álcool. Para
internamento só temos o hospital Juliano Moreira, que está superlotado. O
problema é grande e estamos nos preparando para enfrentá-lo. A prefeitura já
está preparando cinco prédios para transformá-los em abrigos – Estão em obras um
na San Martim, dois na Suburbana, um na Baixa dos Sapateiros e um na Sete
Portas”, afirmou. As crianças e adolescentes em situação de rua em Salvador têm
no crack um refúgio. O secretário Maurício Trindade, afirma que pelo menos 50%
deles usam a droga. Ele acredita que a política desenvolvida até agora para
atendimento a esse contigente de pessoas esteve equivocado. Os Caps – Centros de
Atendimento Psicossocial – realizam apenas atendimento ambulatorial. Quer dizer:
a pessoa tem que procurar, para ser atendido por consulta. Muitos vão e não
voltam para continuar o tratamento, observou.
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