Nesta quinta-feira (27) quatro peritos
envolvidos na confecção e aprovação do laudo de acidente ocorrido em 5 de
janeiro de 2008, na rodovia Ilhéus-Itabuna, serão ouvidos em audiência na 2ª
Vara Criminal em Itabuna, no Fórum Ruy Barbosa, às 14h. Paulo Roberto Libório,
Robson Lincoln Farias, Sérgio Murilo Cardoso e Sérgio Selma dos Santos, do
Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna, foram denunciados por falsa
perícia pelo Ministério Público da Bahia. Em contato com o Plantão Itabuna, um
dos peritos, informou que não recebeu ainda nenhuma notificação por parte da
justiça itabunense. A colisão do Ford Fiesta (JOK-7698) com o ônibus da Águia
Branca (MQM-0992) em frente à Churrascaria Los Pampas provocou a morte das
estudantes Larisa Alpoim, Priscyla Gama, Tatiana Franco e Elis Maiane Santana.
Os técnicos do DPT itabunense negam erros ou favorecimentos à empresa Águia
Branca e acabaram absolvidos em processo administrativos devido à prescrição das
investigações. De acordo com matéria publicada no site Pimenta na
Muqueca, a denúncia contra os peritos foi feita pela promotora pública
Renata Dacach. Ela comparou resultados de laudos confeccionados pelos peritos do
DPT de Itabuna com os laudos da equipe da corregedoria do DPT e da Polícia Civil
e um laudo independente para oferecer a denúncia à Justiça. Além disso, a
promotora observou diversas ligações e suspeitas de favorecimento da Águia
Branca ao perito Paulo Libório, contra o qual solicitou quebra de sigilos
bancário e fiscal. Para Dacach, Libório “alterou a verdade dos fatos relativos
ao acidente em troca de benefício ou promessa de benefício” da Águia Branca.
Lincoln, Sérgio Murilo e Sérgio Selma acabaram denunciados por subscrever um
segundo laudo do acidente e que chegou às mesmas conclusões do trabalho de
Libório. As suspeitas de favorecimento por parte da empresa de ônibus para mudar
o resultado do laudo é reforçada pela série de ligações de um funcionário da
Águia Branca para Libório. Outro ponto destacado pela promotora na denúncia é
que a empresa ingressou com ação contra a família de Priscyla, cobrando R$ 5 mil
pelo reparo do para-choque do ônibus, mesmo antes do laudo ter sido tornado
público ou chegado às mãos do delegado que investigava o caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário