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terça-feira, 24 de julho de 2012

Epidemia de crack aumenta número de bebês que nascem com HIV

Uma herança maldita. Bebês com o vírus HIV voltaram a ser realidade nas maternidades do Rio. A Sociedade Viva Cazuza, que não recebia recém-nascidos infectados há 6 anos, abrigou 12 nos últimos 18 meses. No mesmo período, o Abrigo Evangélico da Pedra de Guaratiba acolheu 14. Muitos são filhos de mães viciadas em drogas como o crack. “É lamentável. Nos últimos anos, só tínhamos adolescentes, mas ano passado começamos a receber bebês com anticorpos e outros já com o vírus. Segundo o Juizado, geralmente são filhos de usuárias de droga. Tivemos que reabrir nosso berçário”, afirma Christina Moreira, coordenadora de projetos da Sociedade Viva Cazuza, em Laranjeiras. Coordenadora do abrigo evangélico, Ana Chelly explica que bebês que já têm o vírus “terão que tomar medicamento a vida toda”. Como O DIA mostra desde domingo, o uso do crack por mães e pais fundamenta a maioria dos pedidos de perda da guarda de crianças feitos pelo Ministério Público Estadual. Em casos de bebês afastados de suas famílias pela Justiça, a frequência é de 90%. Muitas usuárias de crack se prostituem para conseguir a pedra e engravidam. A incidência de grávidas tiradas de cracolândias por assistentes sociais da prefeitura é alta. “Esse fenômeno (aumento de bebês com o vírus) é preocupante, mas recente na saúde pública. Por isso, não temos estatísticas”, explicou a gerente do programa municipal de DST/Aids, Lílian Lauria. Ela alerta que, “se a mulher soropositiva toma medicação na gestação, o risco de transmissão é menor que 1%. Mas se só chega na hora do parto esse índice não é possível”. Segundo ela, o município oferece teste rápido de diagnóstico no posto de saúde do Centro e começará a oferecê-lo na Clínica da Família do Jacarezinho por conta da concentração de moradores de rua: “O objetivo é conseguir fazer com que essas mulheres façam o pré-natal.”

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